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Ela é o Oceano, Eu Sou o Náufrago romance Capítulo 76

Leandro não respondeu e chamou a enfermeira para pedir que alguém saísse.

Esperança, naturalmente, não queria sair. Se não pudesse ter Leandro, ela não deixaria Marília tê-lo!

— Leandro, Mimi não gosta de você. Ela está com você para se vingar de mim. Você não deveria cair nessa!

Esperança pegou o celular e, diante do homem, reproduziu a gravação.

A enfermeira também ouviu e ficou um pouco constrangida. Ao ver os pacientes lá fora, que estavam ansiosos, ela saiu para ajudar e fechou a porta atrás de si.

No consultório, Esperança observava o rosto do homem. Percebeu que, ao terminar de ouvir, ele não reagiu de forma alguma. Seus olhos negros estavam profundos e frios, e não era possível perceber nenhum sinal de raiva ou frustração por ter sido enganado.

— Você ouviu, não é? Ela sabia que eu gostava de você e só ficou com você por causa disso. O homem de quem ela sempre gostou é o Anselmo...

— Terminou? — Esperança nem teve tempo de começar a responder, pois Leandro a interrompeu. — Eu tenho pacientes lá fora. Se você continuar atrasando meu trabalho, vou chamar a segurança para te tirar daqui!

Esperança, sendo uma figura pública, também não queria criar um escândalo.

Ela se levantou e, ao sair, ainda estava muito insatisfeita.

Se virou para ele, olhando com pesar:

— Leandro, eu não quero que você se machuque!

Mas o homem não respondeu. Nem sequer olhou para ela. Apenas chamou o próximo paciente.

...

Marília foi ao hospital almoçar com Diógenes e os outros.

Ela não subiu para o consultório, foi direto ao refeitório esperar.

Só Diógenes apareceu; Leandro não desceu.

Ela ficou um pouco confusa:

— Ele não ia ficar de plantão na clínica hoje?

— Leandro disse que não ia descer para almoçar. Depois que eu comer, vou levar a comida para ele!

Marília entendia que Leandro estava ocupado, mas se sentiu um pouco decepcionada.

— Então você está aqui!

Leandro levantou os olhos e a olhou com frieza.

Marília não percebeu o estranho comportamento dele e entrou sorrindo, erguendo o recipiente de comida:

— Está com fome? Eu trouxe para você...

— Saia!

Ao ouvir aquelas palavras, extremamente frias e distantes, Marília parou no lugar, desconcertada. Ela rapidamente se desculpou:

— Eu te atrapalhei no trabalho? Desculpe, eu não sabia que você estava ocupado. Eu trouxe seu almoço, vou deixá-lo na mesa e vou embora. Coma depois, assim você não vai ficar com dor de estômago!

Ela colocou a caixa de comida na mesa e tirou de sua bolsa uma garrafinha térmica rosa.

— Saia!

A mão de Marília, que estava prestes a colocar a garrafinha na mesa, ficou paralisada.

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