Ela Foge, Ele Persegue—Sem Fuga! romance Capítulo 204

Rubens parou de folhear os documentos de repente e perguntou: "Como você ficou sabendo disso?"

Esse homem não tinha acabado de voltar pro Brasil?

Que ouvidos grandes ele tem!

Leandro, encostado em sua mesa de escritório, disse: "Eu tinha ido falar com o tio João sobre o trabalho e, naquele exato momento, a tia Carlota ligou para ele, reclamando de sua 'desobediência'! Ela também disse que sua avó havia voltado do Monte Estrela e a obrigou a se ajoelhar na capela por um dia e uma noite inteiros!

A tia Carlota não gostou nem um pouco, ficou se lamentando do outro lado da linha, dizendo que a avó a havia chamado de caipira, sem modos, que não sabe se comportar em sociedade... O que foi que a tia Carlota fez dessa vez para você ficar tão irritado?"

Quando ele fez essa última pergunta, seu tom não mostrava nenhum sinal de preocupação, era pura empolgação para ouvir a fofoca.

Rubens ficou sem palavras por um momento.

Sua mãe, de fato, havia vivido no interior por mais de dez anos quando era criança.

Naquela época, ela não estava bem de saúde e foi enviada para a casa de parentes no campo pela Família Correia para se recuperar.

Depois de voltar para a cidade, ela acabou adquirindo um jeito mais popular de ser.

Na alta sociedade da época, muita gente zombava dela.

Ela ficava muito irritada com isso.

Depois que ela se casou com a família Damásio, essa fofoca começou a diminuir gradualmente.

Mas o que é intrínseco, como pode ser simplesmente apagado?

Isso também explica o fato de Carlota Correia nunca ter se comportado como a matriarca de uma família grande...

Rubens não comentou sobre o assunto de sua mãe, apenas olhou para Leandro com um olhar perigoso: "Você está tão fora de si assim?".

Leandro sentiu um arrepio de perigo com essa pergunta.

O tom de seu irmão... Que medo!

Ele estava tentando encontrar uma maneira de se redimir, mas Rubens foi mais rápido.

"Já que está fazendo isso, dê uma olhada nesses projetos aqui. Você será responsável por eles a partir de agora!"

Apesar de ter aceitado o trabalho, sua curiosidade logo o consumiu novamente.

Finalmente, ele decidiu se arriscar e perguntou: "Irmão, por que você teve que mandar a tia Carlota para a delegacia de polícia?"

"Mesmo que ela seja um pouco sem noção, não acho que você precise mandá-la para a polícia, não é?"

"Irmão, me diga, senão eu não vou conseguir dormir hoje!"

"Irmão..."

Ouvindo o incessante murmúrio ao seu redor, Rubens começou a se arrepender de ter deixado esse tagarela por perto.

Ao final, ele não aguentou mais, levantou-se e agarrou o colarinho de Leandro, pronto para jogá-lo para fora.

Leandro, já experiente, agarrou-se firmemente à mesa.

"Eu não vou embora! Acabei de voltar, você não vai me levar pra jantar, fazer uma recepção de boas-vindas? Você acabou de tirar minhas férias! E, além disso, faz tempo que não vejo Ole, estou com saudades..."

Rubens, com uma expressão de desdém, disse: "Esta noite, Ole e eu temos um encontro, não precisamos de uma lâmpada tão grande quanto você!"