Encontros do Destino Após Longo Adeus romance Capítulo 78

A aurora trazia consigo um leve brilho, que, ao atravessar as cortinas, espalhava-se pelo quarto, despertando Nadia com um leve franzir de sobrancelhas. Seu corpo inteiro parecia ter sido passado por um moedor, e a dor de cabeça ameaçava dividir sua cabeça ao meio.

Seus olhos, ainda confusos, pousaram de imediato nos pedaços de uma embalagem azul rasgada espalhados pelo chão... Tremendo ao virar o rosto, ela se deparou com um vislumbre repentino do nariz proeminente e da mandíbula bem definida de Olavo.

Os eventos da noite anterior invadiam sua mente silenciosamente.

Nadia sorriu amargamente, sem saber se deveria agradecê-lo ou odiá-lo.

Apoiando-se cuidadosamente, devido à dor em sua lombar, ela saiu da cama e entrou no banheiro. Lavou o rosto rapidamente, sem prestar muita atenção, e ao levantar os olhos para o espelho, viu seu corpo coberto de marcas comprometedoras.

Sentindo o rosto pegar fogo, ela abaixou o olhar, procurando pelas roupas, mas encontrou apenas o pijama sujo e ainda úmido da noite anterior. Com um suspiro resignado, jogou o pijama no lixo e abriu a porta do banheiro com cautela.

Por sorte, o homem na cama ainda não havia despertado.

Ela abriu o guarda-roupa ao lado, escolheu uma roupa casual e rapidamente saiu do quarto.

Somente quando se acomodou no avião, a caminho de sua cidade natal, conseguiu finalmente relaxar. Encostando a cabeça no assento, fechou os olhos para tentar dormir durante o trajeto.

...

Olavo acordou somente à tarde, despertado pelo irritante toque do telefone.

"Alô, Olavo? Não se esqueça do jantar entre as famílias hoje à noite. Eu te mandei o endereço pelo WhatsApp. Tente sair mais cedo do trabalho para não se atrasar."

Após desligar, ele franziu a testa e abriu o WhatsApp, encontrando uma tela cheia de mensagens vermelhas.

No topo, estava a mensagem de Adriano sobre o jantar, enviada há mais de duas horas. Como não havia respondido, provavelmente ligaram para garantir que ele estivesse ciente.

Em seguida vinham as mensagens de seu pai e sua mãe.

A última era de João.

"Sr. Ramos, considerando que o senhor trabalhou até tarde ontem, remarquei a reunião de hoje para após o feriado. Por favor, esteja ciente."

Olavo massageou a têmpora, respondendo: "Ok, agradeço pela consideração."

Na verdade, não era porque havia trabalhado até tarde que não fora trabalhar, ele estava... Olavo lançou um olhar pelo quarto, levantou-se e enrolou uma toalha na cintura. Descendo até a sala e depois à cozinha, procurou por Nadia, mas não havia sinal dela em lugar algum.

Olavo tirou o casaco, lançando um olhar frio e calculista para cada um deles. Cruzou as pernas elegantemente e acendeu um cigarro: "E então, como ficou o assunto de ontem?"

Ele direcionou o queixo levemente na direção de Fernando, esperando uma resposta.

"Pode ficar tranquilo, cara. Está tudo resolvido!" - respondeu Fernando com confiança, estufando o peito com orgulho. Depois, soltou um leve som de desaprovação: "Aquele sujeito está acabado. Não vai mais conseguir andar normalmente pelo resto da vida."

"E a outra?" - Olavo exalou uma baforada de fumaça e voltou-se novamente para Fernando.

Fernando coçou a cabeça: "A outra é só uma garota, entende? Não consegui... Mas trouxe ela para você. Quer interrogá-la depois do jantar?"

"Ok."

A troca de palavras entre eles foi breve, mas o suficiente para que Adriano, sempre perspicaz, já deduzisse boa parte do contexto. Ele perguntou, intrigado: "Quem te ofendeu?"

Olavo apagou o cigarro e levantou-se: "Nada importante. Vou lavar o rosto."

Ele preferia manter o ocorrido entre ele e Nadia em segredo, pelo menos por enquanto.