Encontros do Destino Após Longo Adeus romance Capítulo 79

Logo, todas as três famílias estavam reunidas. A família Rocha tinha dois filhos, enquanto as famílias Alves e Ramos contavam com apenas um filho cada. Os quatro cresceram juntos, estudaram lado a lado e, até hoje, mantinham uma relação muito próxima, o que trazia grande conforto aos seis pais presentes. Contudo, seria mentira afirmar que eles não tinham preocupações.

Sempre que os pais se encontravam, um assunto inevitável surgia: as críticas pelo fato de seus filhos ainda não terem casado.

Fernando murmurou: "Ainda sou muito jovem para pensar em casamento. Além disso, nossa família não é como a de Olavo, que tem grandes negócios e precisa de um herdeiro. Nossa 'casinha' é pequena, e eu já cuido dela."

A mãe do Fernando, Júlia, revirou os olhos antes de lhe dar um tapa leve na cabeça, acompanhando o gesto com um olhar severo: "Rapaz, de todos vocês, é você quem menos se esforça! Na universidade, vivia entre os últimos, e no trabalho é preguiçoso. Duvido muito que alguma garota sensata queira se casar com você!"

'Melhor assim, ninguém para casar…' - Claro, Fernando só ousava dizer isso em seus pensamentos.

A mãe da Natália, Valentina, tentou acalmar os ânimos com um sorriso: "Ah, Júlia, é a mesma coisa em todo lugar! Mês passado, organizei quatro encontros às cegas para o meu filho, e ele simplesmente deu um jeito de arruinar todos. Pelo menos, ainda tenho minha querida Natália." - Natália se aninhou carinhosamente contra Valentina, fazendo com que a mãe de Fernando, Júlia, suspirasse de inveja. Já era tarde demais para pensar em ter outro filho.

Dos presentes, a família Ramos era a que mais mantinha a calma. A mãe do Olavo, Sabrina, gesticulou com a mão: "Os filhos têm seu próprio destino. Deixe-os. Eles encontrarão alguém para se casar no tempo certo."

Valentina concordou: "É verdade, é verdade. Se não der certo, Natália pode se casar com ele. Lembro que Olavo costumava dizer que gostava muito dela."

Sabrina riu discretamente, mas não respondeu. Apenas voltou o olhar para Olavo, que estava absorto em seu celular: "Olavo, o que houve? Muito trabalho?"

Olavo se endireitou um pouco: "Sim, estou acompanhando um projeto." - Depois, virou o celular para baixo sobre a mesa.

Ele ainda não havia recebido nenhuma resposta dela. Será que algo havia acontecido?

Enquanto esses pensamentos o consumiam, Olavo começou a se arrepender de sua atitude orgulhosa mais cedo. Deveria ter ligado para confirmar. Agora, não fazia ideia de quando o jantar terminaria.

"O trabalho nunca acaba, mas a saúde é o mais importante." - comentou Patrício, o pai de Olavo, com uma expressão séria. Sua longa experiência em cargos de liderança fazia com que suas palavras soassem mais como uma reprimenda do que como um conselho. Olavo, já acostumado, apenas assentiu em concordância.