Srta. Lacerda olhou ao redor, os olhos brilhando de astúcia. Beatriz Mendes estava sozinha, sem sequer vestir um traje de gala, então certamente não tinha vindo acompanhada de Miguel Rodrigues. Isso tornava tudo mais fácil, não achava?
Se conseguisse expulsar aquela mulher dali, a família Serra jamais deixaria de se lembrar de seu gesto.
Imediatamente, Srta. Lacerda segurou a mão de Isis Serra.
— Claramente foi ela quem passou dos limites, por que você deveria se retirar, Isis? Não se preocupe, vou ajudá-la a se livrar dessa intrusa!
Beatriz Mendes, entretida no celular, sentiu de repente uma sombra à sua frente. Levantou os olhos e se deparou com duas pessoas: Isis Serra e, ao lado dela, a filha bastarda do Grupo Lacerda.
Srta. Lacerda, visivelmente indignada, avançou, soltando um suspiro de desprezo.
— Nunca entendi como pode existir gente tão sem vergonha. Destrói o noivado dos outros e ainda tem a cara de pau de aparecer para se exibir. Para fazer papel de amante assim, realmente precisa ter talento. Não acha, Srta. Mendes?
As palavras atraíram a atenção de muitos ao redor, que trocaram olhares de surpresa.
Beatriz Mendes sequer piscou.
Pela primeira vez sendo ignorada, Srta. Lacerda cerrou os dentes, tomada de raiva.
— Estou falando com você, ficou surda?!
Com calma, Beatriz Mendes guardou o celular e ergueu os olhos.
— Antes de sair em defesa de alguém, o mínimo que você deveria fazer é se informar sobre o que realmente aconteceu. Assim evita passar vergonha quando a verdade vier à tona, enquanto o verdadeiro culpado permanece intocado.
Instintivamente, Srta. Lacerda olhou para Isis Serra.
Isis Serra mordeu os lábios com força.
— O que você quer dizer com isso? Acaso Srta. Lacerda não tem discernimento suficiente?
Srta. Lacerda logo reagiu.
— Então me chamou de burra? Pode ir embora!
Beatriz Mendes soltou uma risada curta. Realmente, era de doer.
— Isis Serra, esqueceu o motivo pelo qual convidaram Miguel Rodrigues hoje?
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