Gael Lewis...
Após sair daquela reunião maluca, segui chamar um táxi, vou para a casa do meu pai ver a minha madrinha, eu não sei o que acontece! Quando eu tenho que vir... Ele nem se importa em me buscar no aeroporto, se eu não der o meu jeito, não chego a lugar nenhum.
Não tenho carro aqui, porque quando me desloco para cá não fico por muito tempo, às vezes volto no mesmo dia... Como irei fazer hoje, mais eu não posso voltar antes de ver a Rosângela, ela é como uma mãe pra mim, apesar do meu pai, odiar essa ideia.
Quem sempre esteve ao meu lado foi ela, realmente “eu a amo”, como se fosse minha mãe, sempre esteve ao meu lado, até quando o meu pai não se importava, quando eu ficava doente era ela quem me acompanhava ao médico, eu devo o homem que sou hoje, graças a pessoa incrível que ela é para mim.
Ainda perdido em meus pensamentos, me retiro da empresa e chamo um táxi, aguardo ele parar e adentro passando-lhe o endereço, o motorista sorri a seguir o caminho, ouvindo uma música tranquila de fundo, na qual me faz lembrar dos momentos bons que tive aqui nesta cidade.
Com o meu pai! não. Eu quase não me encontrava com ele… mais a Rosângela passeava comigo, mesmo não tendo dinheiro para comprar o que eu pedia! Ela soube me ensinar que o dinheiro não é tudo, me acompanhava à escola e na saída estava todos os dias me aguardando, até me ajudava nas tarefas de casa.
Eu queria que ela fosse minha mãe, só para poder dizer uma vês "eu te amo mãe", sinto um aperto subir pelo meu peito, eu estou angustiado e não sei o motivo, será errado eu querer que ela fosse a minha mãe!? Sabendo que a minha mãe biológica está falecida.
Sai dos meus pensamentos com o táxi parando na frente da casa do meu pai, respirando fundo paguei ele e retiro-me olhando para a porta que está fechada, caminho até chegar próximo do interfone, Aperto até alguém responder
— Sim, casa do senhor Lewis?— Ouvir a voz dela me tranquiliza na angústia que estava sentindo, então respondo sorrindo
— Cadê a mulher da minha vida, que não vem receber o seu garoto preferido!.
— Oh meu filho eu já estou indo.— Percebo que o tom de voz dela ficar mais alegre
Alguns segundos depois o portão se abre, e Rosângela Mesmo com o semblante de cansaço e tristeza, abre um sorriso enorme e vem em minha direção me dar um abraço.
— Como você está lindo meu menino!— Dói o meu coração não poder falar, puxei a minha mãe, eu nem sei como ela é.
— Obrigado madrinha.— Afirmo a abraçando forte, que até a levanto tirando os seus pés do chão, não pensem que ela é minha madrinha oficialmente, porque eu não tenho… "uma vês eu ainda pequeno sem querer a chamei de mãe”.
Meu pai estava por perto e ouviu, vindo até mim me transferindo tapas, eu lembro como se fosse hoje! Rosângela entrou na minha frente para que ele não me batesse mas, e eu? Estava chorando com as mão no rosto, sentindo muito medo enquanto ele gritava transtornado
" Sua mãe morreu seu moleque, nunca mais chame essa empregada de mãe, ouviu a sua mãe morreu está morta"
Lembro-me também que observei lágrimas, escorrerem pelo rosto de Rosângela, enquanto ela tentava acalmá-lo, pode ser o susto que todos levamos
Entro com ela abraçado ainda perdido em meus pensamentos, me acompanhando até a cozinha ela me olha dizendo
— O que aconteceu meu filho?— Ela só me chamando de filho, quando meu pai não está, voltei minha atenção para ela, sorrindo de leve.


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