Era Diamante: Brilho romance Capítulo 1084

Brunilda não disse ao telefone o que conversou com Henriques, mas, ao voltar, ele estava visivelmente mais silencioso. Quando Hera largou seu garfo, indicando que havia terminado, Henriques, sem muita fome, fez o mesmo e se levantou, perguntando: “Herinha, já acabou? Se sim, eu vou lá acertar a conta.”

“Deixa que eu pago, eu insisto. Como posso deixar vocês dois pagarem enquanto estou aqui?” Orestes se apressou a se levantar, tentando insistir para pagar a conta.

Hera observou os dois disputando sobre quem pagaria a conta, endireitou-se na cadeira, seus olhos cansados, mas serenos, revelaram uma calma indiferente ao dizer: “Não precisam brigar por isso, um amigo já acertou a conta.”

Orestes e Henriques, que estavam prontos para correr até o caixa, pararam surpresos.

E a disputa acabou ali.

Foi Henriques quem recuperou o senso primeiro, rindo: “Herinha, como você faz amigos em qualquer lugar... Sua popularidade é algo fora do comum.”

Até nos lugares mais inusitados.

Diretora Marga disse que conseguiram resolver o problema dos chips graças a um conhecido de Hera.

Quando foram comer uma feijoada em Cidade Liberdade, um amigo de Hera já havia acertado a conta...

Henriques não conseguia expressar a mistura de sentimentos dentro de si, afinal, tendo crescido em Cidade Liberdade, era a primeira vez que sentia a sensação de ter alguém para cobrir as suas costas onde quer que fosse.

A pessoa que sempre o protegia não era outra senão sua própria irmã!

Ele inclinou a cabeça, meio brincando, meio sério, e disse alegremente: “Seu amigo também estava aqui comendo? Na próxima vez, chame-o para vir junto, eu faço questão de pagar! Não podemos simplesmente aceitar a gentileza sem retribuir, não é certo.”

Hera, com a mochila leve nas mãos, levantou a outra mão, revelando um pulso delicado sob a manga, ajustou a aba do boné de forma despretensiosa: “Vou dormir!”

Ela não havia dormido bem, seu humor estava longe de ser o melhor, provavelmente não iria a lugar nenhum, apenas voltaria para o apartamento para descansar.

“...” Orestes hesitou por um momento antes de dizer: “Eu te levo para casa.”

Depois, olhou para Hera com um olhar terno e carinhoso, querendo tocar o topo de sua cabeça, mas preocupado em ser intrusivo e causar repulsa, reprimiu o impulso, embora seus olhos transbordassem de afeto: “Eu te deixo em casa e depois vou para a universidade.”

Vendo Hera olhando para ele, Orestes explicou: “Eu ainda tenho um relatório para terminar, não posso deixar tudo nas mãos da Diretora Marga.”

Afinal, Marcelo não era especialista na área, mas estando lá, os dois poderiam discutir juntos como finalizar o trabalho.