Era Diamante: Brilho romance Capítulo 118

Sertório era ainda melhor na cozinha do que ela imaginava.

Ela provou e confirmou suas suspeitas, o sabor era autêntico, a intensidade da manteiga de garrafa e a carne de sol, tanto crocante quanto picante, eram de dar água na boca.

Hera adicionou carne seca ao prato e se deliciou com a moqueca, terminando a refeição suada, mas extremamente satisfeita.

Ao terminar, o homem ao seu lado lhe ofereceu uma garrafa de mate gelado.

"Bebe um pouco."

Dominada pelo picante, Hera agarrou o mate e o bebeu, sentindo o frescor contrastar com o picante da moqueca. Depois de meio copo, sua língua já não ardia tanto.

Ela se recostou na cadeira, plenamente satisfeita, sem vontade de se mover. Henriques, assim como ela, terminou com o rosto pálido agora vermelho de tanto picante, exausto mas contente, ergueu o polegar para o homem ao lado de Hera: "Sr. Sertório, você realmente deveria considerar abrir um restaurante, sua moqueca é de primeira!"

Hera também se interessou, inclinando a cabeça, seus olhos escuros piscaram: "Eu concordo."

Era realmente delicioso.

Ela jamais havia provado um moqueca melhor na Cidade Milagre.

Sertório pensou em retrucar, mas ao ouvir a voz rouca e suave dela, seus lábios se curvaram num sorriso, e o que estava prestes a dizer se transformou em: "Vamos ver."

Alan quase caiu para trás, sem entender por que ele concordaria.

Sr. Sertório já não tinha o suficiente para fazer, por que se meter a abrir um restaurante, só por causa de um comentário casual da Srta. Fontes?

Até que ela o viu pessoalmente, e, bem, era exatamente como imaginava: afetado e exagerado, completamente inadequado para o cotidiano.

Especialmente em Olinda, cujas feições eram naturalmente suaves, o que poderia ser considerado charmoso de uma maneira modesta, mas sem características marcantes, quase simplórias.

Ainda assim, ela insistia em usar um vestido cujo estilo não combinava com sua aura, suas feições delicadas simplesmente não sustentavam o design intrincado do vestido, e o efeito acabava sendo menos impressionante do que suas habituais combinações de moda "café preto".

Mas Olinda não via dessa forma; roupas da SEVEN eram difíceis de adquirir, até mesmo as de suas marcas secundárias, que exigiam reserva antecipada e eram um verdadeiro incômodo.

Poucas pessoas na Cidade Milagre podiam se dar ao luxo de ter itens da SEVEN.

Ela havia conseguido esse vestido através de Erasmo Gouveia, que usou seus contatos, e mal podia esperar para usá-lo.