Era Diamante: Brilho romance Capítulo 1371

A família Hollanda contava com Brunilda, mas também havia Henriques, Orestes e outros.

Hera precisava considerar os sentimentos dessas pessoas.

Especialmente Galvão, que já estava mais velho e com a saúde debilitada. Se Hera se envolvesse nessa questão, embora Galvão não a culpasse, ele ficaria triste.

Para Hera, não era conveniente se expor, então era melhor que ele lidasse com isso.

Ele, sendo um estranho, não tinha nada a perder.

"Eu já mandei alguém investigar o motorista do caminhão, para descobrir quem está por trás dele."

A mente de Hera estava constantemente à beira de um colapso, como uma corda prestes a romper. Ela nunca sabia quando isso poderia acontecer... Até que, naquele momento, sentiu a mão de Sertório acariciando suas costas, como uma brisa acalmando o fogo ardente em seu coração.

A chama dentro dela começou a diminuir.

A tensão mental que a atormentava parecia menos insuportável.

Os olhos de Hera, antes cheios de raiva, suavizaram-se bastante. Ela fechou os olhos, reprimindo a fúria que fervia em seu semblante, e ao abri-los novamente, seu olhar estava mais sereno e sua voz, mais rouca: "Não precisa complicar tanto."

"Hã?" Sertório continuava a acariciar suas costas, tentando acalmá-la.

Hera rapidamente ajustou seu estado de espírito, levantando a cabeça do seu abraço. Seus olhos brilhavam de uma forma quase maliciosa.

Ela falou com uma calma que antes não tinha, perguntando: "Você trouxe seu celular?"

"Trouxe." Sertório, já imaginando o que ela pretendia, arqueou as sobrancelhas e entregou-lhe o aparelho: "Sua mão..."

"É só um civil, uma mão basta."

Depois de desbloquear o celular, ela voltou a se concentrar.

Com dedicação, ela abriu o navegador no celular de Sertório e digitou um endereço. Não se sabia o que ela estava fazendo, mas em pouco tempo, Hera já tinha todas as informações sobre o motorista do caminhão, incluindo as transações recentes de sua conta bancária.

Olhando para a tela, seu rosto sob o boné expressou surpresa, como se o resultado fosse inesperado.

Com o celular em mãos, ela leu em voz alta, com uma clareza cortante: "Três dias atrás, às três e quinze da manhã, uma transferência de quinhentos mil foi feita para a conta dele, de uma conta no exterior. Mas eu verifiquei as informações do titular dessa conta no Brasil."

Sertório pensou que talvez fosse coisa de Brunilda ou de alguém próximo a ela, mas ficou surpreso ao ver que a conta bancária não tinha relação com Brunilda.

Ao pegar o celular da mão de Hera e ver o nome do remetente, seus olhos ficaram frios: "É ela?"

Aquela pessoa era inesperada, mas, pensando bem, tinha um motivo plausível para tal ato.