Era Diamante: Brilho romance Capítulo 1548

Orfeu olhou com esperança.

Quem diria que, após ler rapidamente, foi como se um balde de água fria fosse derramado sobre ele, deixando-o completamente gelado por dentro, com o olhar repleto de decepção.

Brunilda, em uma conversa pelo WhatsApp, contou-lhe que precisava participar de uma importante avaliação para novos membros, que determinaria com qual mestre trabalharia.

Além disso, a Continental Independente realizava um encontro todo ano.

Se ela se saísse bem, teria a chance de ir com Domingos à Continental Independente e conhecer as figuras influentes por trás da associação de farmacêuticos, os chefões do mercado negro.

Orfeu leu atentamente.

Brunilda havia enviado sete ou oito mensagens, todas empolgadas sobre a associação de farmacêuticos e as oportunidades futuras na Continental Independente, sem mencionar uma única palavra sobre Henriques, que ainda estava internado no hospital.

Essa atitude fria contrastava fortemente com a de Hera.

Orfeu subitamente compreendeu por que Henriques preferia cuidar de uma prima encontrada há pouco mais de um ano, Hera, em vez de sua própria irmã de sangue, a ponto de se desentender com a família.

Se fosse ele...

Imaginou como se sentiria se estivesse no lugar de Henriques, ainda no hospital, e ficou em silêncio por um momento.

*

Hera estava determinada a investigar um assunto, e mesmo que a Família Allende tivesse limpado seus rastros, Hera descobriu tudo.

Cinco dias depois.

A Aliança Sangue Vermelho enviou-lhe um relatório detalhado de transferências bancárias, começando com João e subindo a cadeia, revelando praticamente todos os envolvidos.

Incluía, claro, a conta do motorista da Família Allende.

Ele havia usado o CPF de um parente para abrir uma conta e transferir os 500 mil para João como pagamento pela vida de alguém.

“Ah.” Hera olhou preguiçosamente para ele, com os olhos meio fechados de sono, enquanto caminhava em sua direção.

Josué foi bem mais cortês que Jorge, sentado ereto, cumprimentou-a com reverência: “Senhorita Fontes, bom dia.”

Enquanto ele falava, o telefone de Jorge tocou e ele se afastou para atendê-lo.

Hera se aproximou, encontrando um lugar no canto do sofá para se sentar.

Alan trouxe-lhe uma xícara de chá, colocando-a na mesa à sua frente, e disse suavemente: “Senhorita Fontes, seu chá preto.”

“Obrigada.” Hera agradeceu lentamente após se sentar.

Alan imediatamente acenou com a mão, dizendo que não havia de quê.

Jorge voltou irritado após terminar a ligação, e falou com todos de cara fechada: "A Brunilda voltou da associação de farmacêuticos e me ligou perguntando se eu queria jantar com ela. Ainda disse que a Isolda também vai. E daí que a Isolda vai? Eu sou obrigado a ir?"