Era Diamante: Brilho romance Capítulo 1722

"Tudo bem, como quiser." Hera realmente não se lembrava do horário exato, só tinha uma vaga lembrança de que Valentino Cardoso mencionara algo sobre ser bem cedo pela manhã.

Quanto ao que seria esse "bem cedo"... Naquele momento, ela estava secando o cabelo e não tinha escutado direito.

Sertório olhou para o perfil claro dela e disse em voz baixa: "A Família Onofre tem um prestígio enorme aqui na Continental Independente. Já que te convidaram, é só ir com o Sr. Fagundes e o pessoal, não precisa se preocupar."

Os banquetes da Família Onofre eram absolutamente seguros. A Continental Independente era um verdadeiro caldeirão, cheia de todo tipo de gente, mas quase ninguém tinha coragem de causar confusão em um evento da Família Onofre.

Essa era a razão de ele estar tranquilo em deixar Hera ir.

A Família Onofre era tradicional; mesmo que dessa vez o convite para Hera tivesse um quê de desconfiança e teste, eles jamais seriam desrespeitosos.

Não havia problema nenhum em ela ir.

"Vou pedir para o Alan te acompanhar." Mas, por mais tranquilo que Sertório estivesse, quando se tratava de Hera, ele nunca ficava totalmente sossegado.

Hera, por outro lado, não parecia nem um pouco preocupada. Cruzou as pernas, se jogou de qualquer jeito na cadeira, o olhar escuro e profundo como um lago frio, um sorriso maroto no canto dos lábios, bem atrevida: "Não precisa. Já que vou, não tenho medo do que possa acontecer lá. Além do mais, você mesmo disse: a Família Onofre é tradicional, não vai rolar nada perigoso na festa deles. Se eu levar gente junto, só vou chamar ainda mais atenção."

Sertório, vendo aquele jeito despreocupado dela, percebeu que, com ou sem Alan, Hera definitivamente não sabia o que era discrição.

O banquete da Família Onofre era tão cobiçado que muita gente fazia de tudo para conseguir entrar.

A atitude de indiferença dela contrastava totalmente com essas pessoas.

Impossível não chamar atenção.

"Eu não vou poder ir depois de amanhã, mas vou avisar o pessoal que vai, para cuidarem de vocês." Sertório realmente não queria que ela fosse sozinha, então falou de novo, com a voz rouca: "Herinha, se precisar de alguma coisa, me manda mensagem."

Para falar a verdade, Hera não estava nem aí para o banquete dali a dois dias; ela só tinha um objetivo — investigar Pandora!

Mas, naquele instante, sentiu como se tivesse tanto uma fraqueza quanto uma armadura nas costas.

"Entendi."

Sr. Fagundes e o pessoal vestiam o de sempre.

Entre os dez ou mais do grupo, Hera era a única mulher — e ainda mais discreta que todos os marmanjos juntos: calça esportiva, boné de aba curva. Comparada com as outras convidadas, todas de vestidos de alta costura, Hera era praticamente uma estranha no ninho.

Desconhecidos e vestidos de maneira simples.

Naturalmente, o recepcionista os acomodou numa mesa mais ao fundo, no canto, a mais discreta possível, e saiu.

Sr. Fagundes e os outros não se importaram; ter onde sentar já estava bom, cada um se ajeitou.

Hera ficou com o lugar mais escondido, querendo um pouco de sossego.

Valentino Cardoso e Orestes se sentaram um de cada lado dela, os outros se espalharam sem cerimônia; só deixaram a cadeira de honra para o Sr. Fagundes, fora isso, não ligaram para formalidades.

"Aquele pessoal ali é da Aliança dos Hackers."