Era Diamante: Brilho romance Capítulo 1808

Ele estava prestes a explicar novamente para Hera.

De repente, uma voz se intrometeu: “Hera, o que você está fazendo parada aí?”

Hera virou a cabeça e viu Jorge vindo apressado na direção deles, com uma expressão de urgência no rosto.

Jorge realmente estava apressado; em poucos passos chegou à frente dos dois e, de maneira sutil, se colocou entre Hera e Manfred, cumprimentando Manfred com um sorriso que não chegava aos olhos: “Sr. Monteiro, o que o senhor faz por aqui?”

As famílias Monteiro e Werneck tinham algum contato, mas nada muito profundo.

Jorge só tinha visto Manfred algumas vezes, e por educação, chamava-o de tio, por conta da diferença de idade.

Mas não era a mesma coisa que chamar Irineu de tio.

Manfred, ao ver que alguém chegava, percebeu que hoje não conseguiria tratar do que queria. Ficou um pouco impaciente e irritado, respondeu com um resmungo e lançou um olhar em direção à garota, falando de forma displicente: “Vim dar uma olhada no Sr. Galvão.”

“Entendi.” Jorge olhou para trás, depois se voltou para ele: “Sr. Monteiro, já viu o que queria? Que tal subirmos juntos?”

Manfred jamais falaria sobre o Continental Independente ou sobre Mafalda com Hera na frente de Jorge. Soltou um suspiro pesado e recusou apressado: “Já vi o que precisava, não vou subir. Vocês vão lá.”

Antes de ir embora, ainda não conformado, dirigiu-se a Hera: “Senhorita Fontes, espero que considere o que lhe falei antes. É uma oportunidade única. Se não souber muito sobre a situação lá, pode perguntar ao Sr. Cardoso e aos outros, eles devem saber.”

Depois, lançou outro olhar para Jorge, visivelmente aborrecido: “Não vou atrapalhar vocês, vou indo. Senhorita Fontes, fico aguardando seu retorno.”

Manfred saiu às pressas, e até suas costas pareciam mais curvadas e derrotadas.

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