Era Diamante: Brilho romance Capítulo 1815

Ela passou vários dias sem conseguir dormir, e uma sequência de aftas apareceu em sua boca. Tomada pela ansiedade, acabou ficando tão nervosa que revirava os olhos de raiva.

“Só pode ser ela que está fazendo intriga por trás, por isso nenhum advogado aceita o caso da Brunilda!”

Remígio ainda estava internado no hospital.

Henriques, desde que atingira a maioridade, morava fora de casa.

Naquela enorme mansão, além da empregada filipina, apenas Orfeu estava presente.

Assim que Orfeu desceu as escadas, foi agarrado por ela, que começou a despejar uma torrente de acusações, completamente transtornada.

Ele não pôde evitar e levou a mão às têmporas, já um pouco impaciente, dizendo: “Mãe, não fica tirando conclusões sem provas, não deve ter sido a Hera. Vou ao hospital ver o vovô. Se você não conseguir resolver, peça um defensor público para ela.”

O tribunal fornecia assistência jurídica humanitária para quem não conseguia encontrar advogado.

Mas normalmente, quem recorria a esse serviço eram pessoas sem condições de pagar pelas despesas jurídicas.

Sylvia queria arranjar o melhor advogado para Brunilda, jamais aceitaria um desses advogados gratuitos.

Ela estava prestes a retrucar.

Mas Orfeu recebeu uma ligação do hospital. Ninguém sabia exatamente o que lhe disseram, mas, de repente, o ar abatido dos últimos dias sumiu. Ele falou alto: “Acordou? Certo, estou indo agora mesmo!”

Dizendo isso, saiu apressado.

Sylvia rapidamente o segurou e perguntou: “Orfeu, quem acordou?”

Orfeu não pretendia contar, mas lembrando que ela também fazia parte da Família Hollanda e, animado com a notícia, acabou dizendo: “O vovô. O médico acabou de ligar dizendo que ele acordou faz uns dez minutos.”

Sylvia, que a princípio não tinha dado muita atenção, subitamente lembrou de algo, pegou a bolsa às pressas e foi atrás de Orfeu: “Espera, vou com você ao hospital.”

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