Era Diamante: Brilho romance Capítulo 1881

O computador do Primeiro Instituto de Pesquisa inicializava rapidinho, pelo menos mais rápido que a maioria dos computadores lá fora, e nem dava aquela travada depois de ligar.

O funcionário logo colocou a mão no mouse e entrou no banco de registros do instituto, puxou um formulário de inscrição, levantou os olhos, olhou para Hera com gentileza e perguntou:

"Nome."

A garota ergueu levemente a cabeça, os olhos bem pretos e brilhantes, levantando o olhar com um ar meio impaciente, mas a voz era baixa e tranquila:

"Hera."

O funcionário correu para digitar o nome dela na ficha, depois foi perguntando aquelas coisas mais básicas, tipo idade, endereço e tal.

Quando ouviu a garota dizer que tinha 19 anos, ele ficou um pouco surpreso, mas manteve a calma e preencheu a idade.

Depois das perguntas de praxe, ele foi para as questões mais profissionais, tipo em qual área ela queria trabalhar no futuro laboratório.

Isso era importante, porque influenciava para onde ela poderia ser direcionada caso entrasse mesmo para o laboratório.

"Pólvora negra e engenharia nuclear."

Assim que ela falou esse interesse de área experimental, a sala de espera ficou muda de novo, todo mundo sentiu um friozinho na espinha.

Pólvora negra?

Quem em Porto Alegre não sabia que a Família Onofre tinha uma Mafalda, aquela gênia nata em pólvora negra, chamada de talento do século?

A Mafalda também tinha entrado no Primeiro Instituto de Pesquisa.

Agora já estava fazendo experimentos de nível 2.

Normalmente, alguém que entrava no instituto levava uns bons oito ou dez anos para começar um experimento de verdade sozinho, mas a Mafalda, só com seu talento absurdo, em três anos já estava tocando experimento sozinha, e em mais três já subiu do nível 1 para o 2…

A Mafalda era justamente a referência da área que Hera escolheu.

Com esse diamante brilhando ali, e agora essa garota queria seguir o mesmo caminho.

Era um pouco de ousadia demais, né?

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