Era Diamante: Brilho romance Capítulo 19

Olinda, sem querer parecer proposital, falou um pouco alto: "Ela não sabe nada de acupuntura... E se isso acabar em tragédia?"

Erasmo também franzia a testa, desde o começo quando viu Hera aplicando procedimentos de reanimação cardíaca até agora, parecendo cheio de desdém.

O que Hera estava pensando!

Várias pessoas ouviram.

E de repente, todos apontavam e falavam sobre Hera.

"O que essa moça está fazendo, meu Deus?"

"Não é assim que se salva alguém. A ambulância está chegando, alguém tem que pará-la, e se acontecer uma tragédia..."

Os comentários eram muitos, mas poucos tomavam providências.

Hera não dava a mínima para os que estavam ao seu redor, irritada, nem percebeu que Olinda estava criando um alvoroço na multidão.

Ela aplicou as agulhas com precisão, três delas na nuca do garoto.

Depois das três agulhas, o rosto sujo do garoto pareceu ficar ainda mais vermelho, como se ele fosse desmaiar.

Olinda, vendo a situação piorar, agarrou o braço de Erasmo, alarmada e assustada: "Ela enlouqueceu, o menino é tão pequeno, o que ela está fazendo?".

Marina também insistiu: "Ela quer se destacar ao custo de uma vida? Com um menino tão pequeno, o que faremos se o pior acontecer?"

"...Erasmo."

Dessa vez, o pânico de Olinda não era fingido. Se Hera fosse embora com seus pais biológicos para o interior hoje, ela não se importaria com o que acontecesse em Cidade Mar, mas Hera ainda estava em Cidade Milagre. Se isso chegasse às notícias locais, e as pessoas da internet começassem a investigar, descobrindo que ela tem uma irmã assim, mesmo que não seja de sangue, isso traria problemas para ela. Ela não queria ser arrastada para isso!

Hera realmente sabia como causar problemas!

As pessoas ao seu redor foram influenciadas por ela e começaram a repreender e aconselhar Hera.

Erasmo, com as sobrancelhas franzidas e um olhar de desaprovação em seu belo rosto, deu um passo à frente, tentando intervir.

Olinda e Marina, entre outros, estavam igualmente chocados, especialmente Olinda, que não conseguia entender como Hera tinha tal habilidade.

Mas foi um homem idoso que estava assistindo desde o início que falou em defesa delas: "Se você não quer ajudar, tudo bem, mas por que agitar as coisas? De que escola você é?"

Marina tentou se defender com vergonha: "Nós não sabemos nadar!"

O senhor idoso respondeu: "Seu amigo sabe nadar, mas ele nem tentou ajudar, só ficou falando besteira! Meu papagaio fala menos que o senhor!".

Olinda, acostumada a ser paparicada desde pequena, e sempre tratada com delicadeza por todos para não assustá-la, nunca tinha ouvido palavras tão duras. Ela ficou pálida, mordendo o lábio, sentindo-se extremamente injustiçada.

Mas o velho não parou, continuando a repreendê-los por um longo tempo.

No final, ele não esqueceu de elogiar: "Não sei de qual escola é essa garota que ajudou, mas ela é uma boa criança, corajosa por salvar vidas, sem buscar conflitos. Vou escrever uma carta de elogio para a escola dela!"

Olinda ficou alternando entre o vermelho e o pálido, apertando os dedos, sem conseguir dizer uma palavra.

Ela levantou os olhos para Erasmo, que novamente estava hipnotizado por Hera, mordeu os lábios, segurou o peito e disse baixinho: "Erasmo, meu coração de repente dói muito."