Ele achava que, depois de dizer aquilo, a garota deveria pelo menos olhar para ele, demonstrando algum interesse.
No entanto, para a surpresa de Emanuel, aconteceu o oposto.
Hera segurava um copo de água, sem levantar nem as pálpebras, como se ele estivesse falando com o vento.
Emanuel franziu imediatamente o cenho, com uma expressão de desagrado, ficando visivelmente menos animado.
Xavier, ao lado, estava visivelmente aflito.
Ele queria desesperadamente lembrar Hera do quanto Emanuel era importante na Família Onofre, e que ela não deveria aborrecê-lo.
Mas, numa situação dessas, não era lugar para ele se intrometer. Por mais ansioso que estivesse, só podia ficar à margem, torcendo para não dar errado.
"…A Família Lacerda já faz quase vinte anos que não mantém contatos no Primeiro Instituto de Pesquisa. Lá, praticamente ninguém cuida deles." Os olhos de Emanuel, atentos como de um coelho, não desgrudavam da garota, observando cada movimento. Ele se serviu de um pouco de chimarrão, puxou um leve sorriso superior e continuou: "Você claramente poderia fazer escolhas melhores. Não tem motivo para insistir em contrariar sua família, ou bater de frente com a Família Onofre. Isso não vai te trazer benefício nenhum."
"Ah." Hera finalmente pousou o copo na mesa, fazendo barulho com o fundo de vidro. Ela se recostou preguiçosamente na cadeira, com uma postura desleixada, e respondeu com indiferença: "Você me chamou aqui só pra dizer isso?"
"……"
Emanuel não entendeu direito o que ela queria dizer.
Depois de largar o copo, Hera também não quis ficar rodeando o assunto. Levantou levemente o queixo alvo, o olhar de amêndoa tão frio quanto o ar-condicionado do shopping, ajeitou o boné e falou devagar: "Você já terminou, agora é a minha vez. Vou ser clara: vim aqui não para voltar pra Família Onofre, nem para aproveitar qualquer benefício de vocês. Só passei pra avisar: por favor, não me liguem sem motivo… Está começando a me incomodar."
Xavier ouviu a garota falar aquilo com toda calma do mundo, e já começou a suar frio, esquecendo até das boas maneiras, apressando-se em tentar amenizar a situação: "Senhorita, não se exalte. O Sr. Guilherme só marcou esse encontro porque respeita muito você. Ele normalmente não se envolve nesses assuntos…"
Delfim, por sua vez, pouco se interessava pela tecnologia nuclear que sustentava a família. Emanuel, como representante da linhagem principal, queria encontrar uma saída para os seus.
Hera era a melhor opção.
Desde o início, Emanuel queria garantir o retorno dela.
No entanto, depois do que Xavier comentou naquele dia, ele também quis testar e intimidar um pouco os mais jovens.
Mas não esperava que Hera agisse completamente fora do padrão, deixando-o numa posição desconfortável, a ponto de recorrer à ameaça para conter o ímpeto da garota.
"A Família Hollanda, lá em Cidade Liberdade, também está à beira da decadência, não está?" Ao ver que a garota parou, Emanuel percebeu que tinha acertado o ponto: era óbvio que Hera se importava com os Hollanda.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Era Diamante: Brilho
Adoro este livro, uma historia que te prende e faz vc imaginar e entrar nela ......
Será que alguém tem essa história em outro lugar, ou até mesmo sem ser traduzida queria a continuação....
Será que aconteceu alguma coisa com o tradutor, todos os livros que são traduzidos por ele, que estou lendo estão sem ser atualizados....
Atualização por favor....
O que houve? Nunca ficou tanto tempo sem atualizações. Por favor....
Atualizações por favor. Mais capítulos. Merecemos ao menos uma resposta.,como leitores....
Não tem mais episódios??? Onde está o final da história?...
Atualizações por favor....
Atualizações por favor....
Desisto de a companhia essa história, não atualiza os capítulos a quase um mês....