Era Diamante: Brilho romance Capítulo 1925

Ele retomou o controle da situação, e sua expressão relaxou, como se tudo estivesse novamente sob seu domínio. Apoiado casualmente na mesa, ele apresentou suas condições com leveza:

"Você, de fato, é um sangue legítimo da Família Onofre, mesmo que tenha crescido longe dela. Sua mãe também era da Família Onofre. O clã não sabia da sua existência, por isso nunca a procurou. Agora, por uma dessas ironias da vida, sua aprovação no Primeiro Instituto de Pesquisa chamou a atenção da família para você. Já mostramos nossa posição, agora é hora de você mostrar a sua…"

"A Continental Independente não é tão simples quanto você imagina. Lá, as forças se entrelaçam de forma complexa, a situação interna é bem complicada, não é algo que uma só pessoa possa abalar."

"Inclusive, seus resultados não deveriam ter te colocado apenas no laboratório de nível 3. Você sabe por que foi parar lá?"

"Porque você não é da Continental Independente."

"Aqueles que não são dos nossos, só encontram rejeição e pressão dentro da Continental Independente."

"A Família Lacerda até poderia te proteger, mas eles já não são nem sombra do que foram um dia. Estão em decadência, especialmente no Instituto, onde já não têm influência alguma. Se você acha que pode se apoiar na Família Lacerda, está apostando no cavalo errado."

"Apenas a Família Onofre pode te levar adiante."

Emanuel falava com rapidez e firmeza, a voz envelhecida carregando uma autoridade inquestionável, como se pudesse prever o futuro de Hera, transmitindo uma pressão quase palpável.

Ele olhou para a jovem, seguro da vitória:

"Eu não sei qual o seu objetivo ao entrar no Instituto, mas saiba que só a Família Onofre pode realmente te ajudar! Voltar para a Família Onofre é sua melhor escolha, e o clã fará de tudo para te apoiar. Não vamos te tratar diferente só porque você não cresceu na Continental Independente, o ramo principal precisa de você de volta."

Hera já estava quase indo embora; se não fosse por ele ter mencionado a Família Hollanda, talvez nem tivesse escutado tanta conversa fiada.

Ela aguentou até o fim, mas agora sentia a tensão crescer, as têmporas latejando com irritação.

Assim que Hera saiu, Xavier assistiu à negociação fracassada com uma dor de cabeça terrível, olhando para o ancião paralisado onde estava, com uma expressão desesperada:

"Sr. Guilherme, ela já foi, o que vamos fazer agora?"

Emanuel finalmente voltou a si, o rosto fechado e nada amistoso. Soltou uma risada seca, olhando a garota se afastar:

"Jovens... são orgulhosos demais. Quando ela passar dificuldades no Instituto, vai acabar baixando a cabeça."

Xavier também olhou para a saída, hesitante, sem coragem de contrariar.

No fundo, ele não acreditava que Hera iria se render.