Era Diamante: Brilho romance Capítulo 1939

A voz da garota soou suave, e seus olhos estavam cheios de sinceridade: "Essas coisas eu nunca considerei antes, e provavelmente não vou considerar no futuro."

Sílvia entendeu imediatamente o que ela quis dizer e não ficou nem um pouco chateada com a recusa de Hera: "Entendi, vou recusar por você."

"Aliás, tenho mais uma coisa."

Ela fez uma pausa e então mencionou o verdadeiro motivo do telefonema: "Depois de amanhã é o aniversário da minha avó, vamos fazer uma festa em casa. Você tem tempo para participar? Posso mandar um convite pra você."

As festas da família Rezende eram de alto nível.

Os convidados eram sempre cuidadosamente selecionados.

Ainda assim, Sílvia valorizava muito Hera: "É só uma festa de família, já falei de você pra ela, e minha avó quer te conhecer."

A dona Rezende era conhecida por sua bondade e simpatia, quase uma criança grande, e uma das poucas pessoas da velha guarda de Cidade Liberdade com a cabeça aberta.

Há muito tempo já vivia uma vida tranquila de aposentada.

Com 80 anos, ainda aguentava tomar uma boa cachaça todo dia, e tinha uma saúde de ferro.

Já tinha ouvido Sílvia contar sobre as façanhas de Hera, e também sobre o neto que, depois de levar um fora da deusa que admirava, finalmente sossegou, começou a amadurecer e a aprender sobre os negócios da família. Por isso, ficou muito interessada em Hera, e dessa vez foi a própria dona Rezende quem pediu para convidá-la para o aniversário.

"Hera, você pode ir?" Sílvia realmente gostava de Hera e a convidou com sinceridade.

Hera pensou por um instante e respondeu, um pouco sem graça: "Desculpa, não estou em Cidade Liberdade agora e não vou conseguir voltar a tempo, então não vou poder ir. Vou pedir pra um amigo levar um presente por mim."

O amigo em questão era Norberto.

As famílias Zagallo e Rezende eram amigas de longa data, e Norberto provavelmente iria.

"Entendi." Sílvia não ficou muito desapontada, trocou mais algumas palavras com Hera e desligou o telefone.

Depois, encostou-se na cadeira, sem pressa de sair.

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