Era Diamante: Brilho romance Capítulo 2274

Brunilda agora estava sob controle.

Na verdade, nem sequer era possível fazer um teste de paternidade.

Remígio também não tinha prestígio suficiente para conseguir ver Brunilda.

Só que, no calor do momento, Sylvia não pensou nisso. Assim que ouviu Remígio dizer que queria fazer um teste de paternidade e se afastar dela para voltar ao escritório, ela, ansiosa e aflita, reagiu instintivamente e gritou para as costas de Remígio:

"Mesmo que, mesmo que a Brunilda não seja sua filha de sangue, você a criou desde pequena, qual a diferença para uma filha legítima? Ela te chama de pai há vinte anos, por acaso você vai simplesmente deixá-la de lado?"

Remígio ainda tentava se manter firme e voltar ao escritório para se acalmar, mas ao ouvir Sylvia dizer, sem nenhum pudor, aquelas palavras…

Ele se virou bruscamente e olhou para a esposa, por quem era capaz de brigar com toda a família para defendê-la.

Seu corpo vacilou.

E então, caiu reto no chão.

"Pai!" Orfeu se assustou e correu rapidamente até ele.

Mas, mesmo assim, foi um segundo mais lento que o necessário. Remígio, tomado pela raiva e ansiedade, teve um aumento súbito da pressão e desmaiou.

Orfeu, por sorte, reagiu rápido, colocou a mão no peito de Remígio e percebeu que o coração ainda batia.

Sem perder tempo, ele ligou para o SAMU.

Enquanto esperava a ambulância chegar, ainda ligou para Henriques para contar o que estava acontecendo em casa, inclusive o caso da Brunilda.

Quando terminou, Sylvia continuava parada, atônita, no mesmo lugar.

A ambulância não demorou a chegar.

Sylvia viu Orfeu ajudando os paramédicos a colocar Remígio na maca. Quando ele estava prestes a sair, ela sentiu o coração disparar, agarrou o braço do filho e não quis deixar que ele fosse.

"Orfeu, a Brunilda é sua irmã, você também vai abandonar ela?"

Orfeu pensou que ela o segurava por estar sentindo culpa em relação ao pai, que queria ir junto ao hospital.

Jamais esperaria que Sylvia ainda insistisse em falar sobre Brunilda. Ele ficou profundamente decepcionado, foi tirando os dedos dela um a um e disse com frieza:

"Ela está colhendo o que plantou! Ninguém pode ajudá-la! Mesmo que eu pudesse, eu não ajudaria, e, na verdade, nem tenho como ajudar…"

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