Era Diamante: Brilho romance Capítulo 2517

Ele viu Mafalda logo atrás, fez uma pausa e a cumprimentou com polidez: "Srta. Onofre."

Na sala, ao ver Mafalda, o sorriso de Neuza diminuiu e um traço de desdém brilhou em seus olhos. Ela se levantou. "Vovô, o senhor não foi ao leilão?"

"Sim." Emanoel, visivelmente contrariado, passou por ela apressado, respondendo com um monossílabo, sem entrar em detalhes.

Apenas Mafalda parecia constrangida, como se a menção do assunto a fizesse incapaz de erguer a cabeça.

Felizmente, Neuza nem sequer olhou para ela. Aproximou-se, segurou o braço de Emanoel e disse: "Tenho algo para lhe dizer. Aquela médica…"

Emanoel reagiu rapidamente, dando um leve tapa em sua mão.

Neuza percebeu que havia uma "estranha" na casa. Ela lançou um olhar de soslaio na direção da jovem e se calou.

Um silêncio constrangedor pairou no ar.

Mafalda sentiu como se tivesse levado um tapa no rosto. Com as bochechas coradas, ela se dirigiu aos dois: "Sr. Morais, vou subir."

Embora Emanoel quisesse que ela subisse, suas palavras foram impecavelmente polidas: "Sim, você deve estar cansada esta noite. Descanse bem."

"Certo." Mafalda sabia que Neuza não gostava dela e não queria criar mais desconforto. Virou-se e subiu para o quarto de hóspedes no segundo andar.

Só depois que sua silhueta desapareceu na escada e o som de uma porta se fechando veio do andar de cima, Emanoel relaxou. Ele afastou a mão de sua neta, sentou-se no sofá, inclinou a cabeça para trás e disse, irritado: "O que você queria me dizer?"

"Hoje fui ao hotel procurar aquela médica e até escolhi um presente da nossa casa para ela." Neuza sentou-se no sofá ao lado dele, falando do presente sem o menor pingo de arrependimento.

O conjunto de três peças de rubi que ela deu foi um presente de Victória em sua festa de debutante.

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