Era Diamante: Brilho romance Capítulo 347

"...O Senhor Cardoso talvez tenha desistido." Enquanto falava, Brunilda percebeu, pelo canto do olho, a silhueta larga e determinada de um homem.

Seus olhos brilharam.

Senhor Sertório?

Não era o Senhor Sertório que tinha levado aquele pequeno diabinho da Família Dantas para buscar um médico em Cidade Milagre? Como ele apareceu de repente em Cidade Liberdade?

Ela estava prestes a olhar novamente quando viu o homem alto segurando algo que parecia...

Um mochila preta?

Mochila?

Brunilda franziu a testa, confusa.

Por que o Senhor Sertório estaria com uma mochila?

Pelo canto do olho, ela viu uma figura esguia e elegante aparecer atrás do homem, com a cabeça baixa, provavelmente mexendo no celular, e usando um boné, o que tornava difícil ver claramente o rosto, mas podia-se vislumbrar o contorno do queixo.

Há meio ano, seu tio de repente encontrou a filha que havia se perdido por 18 anos, e toda a família voltou para Cidade Milagre. No Hotel Corte-Real, ela conheceu sua prima em nome, que era exatamente assim de branca.

Como se fosse feita do mais puro jade sem nenhum defeito.

Essa explicação pareceu lógica, e Brunilda, que estava certa de ter visto Hera, começou a duvidar.

"Talvez eu tenha me enganado..."

Mas a garota que estava ao lado do Senhor Sertório, de cabeça baixa mexendo no celular, era muito parecida com Hera, aquela postura, aqueles movimentos, não parecia ser engano.

Sylvia não percebeu a inquietação de Brunilda, olhou para o relógio de pulso e disse: "Bem, não pense mais nisso, não importa se era ela ou não. O que eu sempre te disse? Hera é apenas uma pedra sem valor que foi recolhida de um lugar insignificante, você precisa entender que é uma porcelana criada com carinho pela Família Hollanda. Nunca se compare a ela! Se você se colocar no mesmo nível que ela, estará diminuindo a si mesma! Se ela veio ou não para Cidade Liberdade, não é da nossa conta, o mais importante agora é encontrar o Senhor Cardoso. Entendeu?"

Vendo o semblante elegante de sua mãe exibir impaciência, Brunilda não ousou contradizê-la, segurando sua bolsa, ela acenou com a cabeça: "Entendi."

"Que bom que você entendeu." Sylvia, com carinho, ajeitou as roupas dela, suavizou a expressão e sorriu: "Vamos, vamos entrar."