Era Diamante: Brilho romance Capítulo 399

Ela, por si só, não tinha muita simpatia por rapazes que pareciam muito delicados, com um jeitinho que sempre lhe passava uma sensação de fragilidade. Então, quando de repente se viu diante de um rapaz que a chamava de "caloura" com esse mesmo ar 'frágil', Hera franziu a testa em sua primeira reação: "Precisa de algo?"

Esse tom de voz dela não era como o de outras garotas, suave e gentil, mas sim preguiçoso e cheio de um orgulho contido.

Ao ouvir isso, Matheus Rezende sentiu como se uma mão invisível tocasse as cordas do seu coração. Ele percebeu que a personalidade da garota à sua frente provavelmente era diferente daquelas com quem ele havia se deparado antes. Com um sorriso amigável nos lábios e um certo ar tímido, disse: "Você veio para o processo seletivo da universidade?"

Ao encontrar os olhos negros como tinta de Hera, ele baixou o olhar, sorrindo: "Desculpa, é que eu nunca tinha te visto aqui na escola antes, então pensei que talvez você fosse uma candidata aos exames. Ah, qual é o seu nome? Eu sou Matheus, do departamento de Finanças da Universidade Castelo, no terceiro ano."

Os olhos negros de Hera brilhavam impacientes, já cansada de ouvir ele falar sem chegar ao ponto.

"Precisa de algo?"

Matheus, que todos os dias se olhava no espelho ao acordar e durante o banho, sabia muito bem como era sua aparência. Ele tomou a iniciativa, tentando puxar conversa e se apresentar com entusiasmo, mas foi rejeitado duas vezes. Nunca havia passado por uma situação assim, ficou sem reação por um momento e, tocando seu nariz, disse meio sem jeito: "Não, é nada. Vi você aqui sozinha mexendo no celular e pensei se não gostaria de fazer um tour pela universidade. É sua primeira vez na Universidade Castelo, certo?"

"Não estou interessada."

Hera desviou o olhar, com uma expressão fria e preguiçosa, ainda encostada ali, como se seu celular fosse mais interessante que qualquer outra coisa.

Matheus ficou meio perdido no lugar.

Que legal!

Ele tinha visto Hera de longe enquanto passava com um amigo e, ao se aproximar, apesar de já ter percebido que ela não tinha aquele tipo meigo, não estava preparado para tanto estilo.

Talvez seja uma fraqueza comum entre os rapazes, mas quanto mais alguém parece desinteressado, mais eles querem se aproximar. Matheus não era exceção, pensando em tentar mais uma vez.

"Caloura, eu..."

O homem vestia uma marca que Matheus reconhecia, uma marca de roupas masculinas da SEVEN.

A peça que ele vestia parecia ser uma edição limitada global, com apenas uma ou duas peças no mundo todo, extremamente rara.

Ele era alto, com pernas longas, e a luz do sol que passava pelas folhas das árvores ao lado da escola iluminava seu nariz, tornando-o ainda mais atraente.

Verdadeiramente deslumbrante!

Matheus permaneceu parado, sentindo uma espécie de inferioridade diante daquele homem.

Ele apertou os punhos ao seu lado, observando-os se dirigirem diretamente à "caloura" que ele acabara de tentar conversar.

Sertório se aproximou, pegou a mochila dela e, com os olhos meio fechados e voz profunda, perguntou com familiaridade: "Te fiz esperar muito?"