Era Diamante: Brilho romance Capítulo 409

"Faz quase meio ano que não vejo ela. Também não sei se ela ainda lembra de mim, do avô dela. Se está se alimentando direito em Cidade Milagre, se emagreceu, se tem alguma coisa deixando ela feliz ou triste, se tem alguém para compartilhar esses momentos?"

Dizendo isso, ele suspirou profundamente, com um rosto cheio de culpa: "Ah! A gente conseguiu encontrar ela, mas ainda assim não cuidamos direito dela. Como é que eu vou ter coragem de olhar nos olhos da mãe dela quando chegar minha hora?"

Ao ver que ele estava ficando agitado e começando a tossir de novo, Remígio foi até lá e começou a bater levemente nas suas costas, repreendendo: "Pai, não é que a gente não quer que você vá até Cidade Milagre, mas olha para o estado que você está! Como você vai viajar para lá? Você precisa melhorar antes de pensar em ir."

Há seis meses, o velho senhor, teimoso, fez questão de pegar um avião até Cidade Milagre para reconhecer um parentesco. Depois que voltou, ficou gravemente doente e teve que ficar três meses numa clínica de repouso.

Só agora ele tinha começado a melhorar.

Nessa idade, uma outra viagem dessas poderia acabar com ele.

"Herinha com certeza lembra de você, ela até já te mandou um presente, lembra?"

Quando Galvão se lembrou da caixa que tinha recebido anteriormente, não conseguiu evitar um sorriso: "Lembro, claro que lembro. Ela me mandou doces de Cidade Milagre. Essa menina é tão atenciosa! Com certeza foi o Henriques que ficou falando no ouvido dela, dizendo que eu vivo tomando remédio, e por isso ela decidiu mandar os doces. Na verdade, em Cidade Liberdade não falta doce, ela não precisava se incomodar tanto por causa deste velho aqui..."

Remígio, enquanto continuava a ajudá-lo, entrou na conversa: "Em Cidade Liberdade tem doce por todo lado, mas você ficou feliz com os doces que a Herinha comprou para você, não ficou?"

"..."

Galvão fechou a boca, sem dizer mais nada.

Sentindo uma doçura especial no coração.

Só o avô e o pai dela colocavam Hera num pedestal.

Ela se lembrou de uma vez, quando seu pai mencionou de passagem, antes de deixar Cidade Milagre, que tinha dado a Hera um cartão Gold da Citibank, com um limite de cerca de 5 milhões.

Hera, com tanto dinheiro à disposição, e tudo o que ela mandou para o avô foi um frasco de pastilhas sem sequer uma data de validade!

Isso seria motivo de piada se contado por aí.

Ela respirou fundo, lembrando-se do que Sylvia tinha dito sobre a teoria da porcelana, Hera era apenas uma pedra no caminho, ela não deveria se comparar a Hera, competir com Hera seria rebaixar-se!

Com isso em mente, Brunilda nem se deu ao trabalho de mencionar o encontro com Hera na avenida, apenas disse casualmente: "Eu estava passeando com umas amigas e a encontrei lá. Quando a encontrei, ela estava sozinha, disse que veio a Cidade Liberdade para fazer um exame. Mas ela mal falou comigo e saiu correndo, disse que tinha amigos esperando por ela lá fora."