Era Diamante: Brilho romance Capítulo 42

Ele recuou casualmente, dizendo: "Você costumava vir aqui comer moqueca com frequência? Vejo que você e o dono são bem próximos."

Hera estava saboreando o prato, de bom humor, e respondeu sem levantar a cabeça: "Não é que eu venha com frequência. Às vezes venho para comer uma tigela. Helena costumava trabalhar para a Família Fontes, mas depois saiu e abriu essa barraca."

"A carne e os legumes dela são sempre os mais frescos, escolhidos a dedo no mercado pela manhã, limpos e espetados em palitos. É mais higiênico do que o que se encontra nos restaurantes por aqui."

Foi a primeira vez que Sertório a ouviu falar sobre a família adotiva, seus olhos se aprofundaram, prestes a dizer algo.

De repente, a garota sentada à sua frente franziu a testa, colocou o garfo de lado, e com o queixo tenso disse: "Continue comendo, eu vou lá!"

Dizendo isso, ela se levantou e caminhou em direção ao triciclo.

Sertório só então viu um grupo de jovens desleixados, com jeans rasgados, mexendo descaradamente nas caixas de legumes arrumadas...

"Não foi anteontem que eu te dei 200 reais? Você já gastou tudo?" De longe, Hera ouviu a voz angustiada e resignada de Helena.

Dentre o grupo de jovens desordeiros, havia um adolescente claramente na puberdade, que respondeu com uma voz irritadiça: "Aquele dinheiro já acabou faz tempo, mãe, me dá mais um pouco, vai."

"Não!" Helena, afastando a mão que tentava pegar sua carteira, protegendo-a, disse: "Esse dinheiro é para o tratamento hospitalar do seu pai, não pode ser usado!"

O adolescente recuou a mão, mordendo os lábios, hesitação brilhando em seus olhos.

Seus amigos começaram a provocar ao lado: "Ei, Kayo, quantos anos você tem que ainda está pedindo dinheiro pra mamãe? Se ela não dá, você não tem coragem de pegar."

"Calem a boca!"

Antes que ela pudesse se aproximar, um dos delinquentes a empurrou brutalmente, ameaçando bater.

Helena estava aterrorizada, vendo o punho enorme prestes a atingir seu rosto, quando uma mão delicada interveio, segurando o punho do homem e a sustentando.

"Lixo deveria ficar no lixão, por que saiu para se mostrar?"

Ela ficou paralisada, virando o rosto, olhando fixamente para o rosto limpo e pálido de Hera, completamente assustada, gaguejando: "Hera?"

"Merda! Quem é essa garota? Sai daqui antes que eu bata em você também!" O homem cuja mão foi agarrada por Hera gritou.

Ela, recuperando a compostura, com ansiedade empurrava Hera, dizendo apressadamente: "Hera, não se envolva, vá embora, eles são bandidos perigosos, não se meta com eles."