Era Diamante: Brilho romance Capítulo 492

Na delegacia, Hera estava tranquila, sentada na cadeira, mandando mensagem para Jeferson dizendo que tinha se envolvido em uma briga e que, quando ele pudesse, deveria ir até a delegacia para ajudá-la a sair dessa.

Após enviar a mensagem, ela ignorou as mensagens que Valentino Cardoso e Elsa haviam enviado e colocou o celular descuidadamente sobre a mesa. Levantando a cabeça, falou calmamente para o policial à sua frente: "Pronto, terminei de mandar mensagem. Pode fazer suas perguntas."

Sua postura não era a de alguém que acabara de cometer uma agressão na rua, mas sim a de uma verdadeira chefe!

O policial ficou sem palavras.

Era uma situação complicada, da qual ninguém queria se envolver. Ele havia sido transferido para lá há pouco tempo e já estava enfrentando esse tipo de problema. Conforme as regras não escritas do local de trabalho, naturalmente caía sobre ele a tarefa de fazer o registro. Antes de entrar, o Oficial Mário já havia conversado com ele, sugerindo que simplificasse o caso, um pequeno incidente, tentando evitar ao máximo ampliá-lo...

Ele não era tolo, captou a mensagem.

Após se distrair brevemente, o policial pegou a caneta, tossiu duas vezes para disfarçar seu constrangimento e, com uma voz suave, perguntou: "Nome."

"Não está escrito no meu registro?" Hera, com um olhar selvagem, reclina-se na cadeira, exibindo uma calma desafiadora, como se não se importasse com a situação.

O policial sorriu forçadamente. Quando entrou, havia entregado a ela um formulário, que ela preencheu rapidamente, incluindo nome e telefone, e ele certamente havia visto o nome escrita de forma ousada no registro.

Hera.

Escrito em preto sobre branco, com grande presença.

Era apenas uma pergunta de praxe, seguindo o procedimento.

"É o nosso procedimento, por favor, coopere."

Hera, com olhos profundos e sombrios, como se escondesse um mar tempestuoso e segredos na escuridão da noite, estreitou os olhos, encostada na cadeira, com as mãos penduradas ao lado do corpo, e disse indiferentemente: "Não houve um porquê específico, provavelmente não suportava ver pessoas inocentes sendo injustiçadas, enquanto os verdadeiros responsáveis agiam como se nada tivesse acontecido. Apenas senti que ele merecia passar alguns dias no hospital."

O policial, segurando a caneta, parou com a mão no ar, a ponta da caneta manchando o papel com uma mancha de tinta, sem conseguir continuar escrevendo. Com um olhar sofrido, olhava para a garota que não temia as consequências, lamentando: "Então... Hera, não precisamos ser tão honestos!"

Hera, inclinada na cadeira, entendeu o que ele queria dizer, mas não levou a sério o fato de ter agredido Joaquin. Ela piscou, com um sorriso provocador nos olhos: "Ah, desculpe, eu tenho o hábito de ser honesta. Pode escrever isso mesmo."

Joaquin gostava de abusar do seu poder?

Ela queria ver o que a Família Zagallo faria com ela depois de ter agredido Joaquin.

Na delegacia, Mário estava com a cabeça a mil, tentando encontrar uma maneira de minimizar o impacto do incidente. Foi então que ouviu um dos policiais entrar correndo para informar: "Vice-diretor, o carro do Sr. Zagallo está lá fora, parece que ele veio pessoalmente."