Era Diamante: Brilho romance Capítulo 521

Hera respondeu preguiçosamente, caminhou até lá, puxou a cadeira com confiança e sentou-se, serviu-se de um copo d'água e bebeu de um gole só.

Após beber a água gelada, sua mente turva clareou um pouco, mas ainda restava um leve sono nos cantos dos olhos.

Ao vê-la acordar, Alan a cumprimentou efusivamente: "Senhorita Fontes, acordou?"

"Hmm." Hera colocou o copo de lado, massageou a cabeça inchada, ainda sentindo uma tensão na nuca, que a incomodava com leves picadas.

Henriques estava tão ocupado reclamando que Alarico havia recebido um presente e ele não, que esqueceu de perguntar sobre Joaquin, como ela tinha voltado para casa na noite anterior e mais.

Por outro lado, Sertório colocou o livro que lia de lado, levantou-se e perguntou: "O que você quer almoçar?"

"Para o almoço, ah?"

Hera piscou, ainda meio atordoada pelo sono recém-deixado, sem reagir imediatamente, com a mente em branco.

Ela cruzou as pernas casualmente, apoiou o cotovelo na mesa, e descansou o queixo preguiçosamente no encosto da cadeira, com os olhos semicerrados como um lobo que acabou de despertar, exalando um ar de desinteresse.

"Tanto faz."

Sertório, que também costumava responder "tanto faz" quando perguntado sobre o que queria comer, agora entendia como as pessoas que ele dispensava se sentiam.

Sentiu uma espécie de ironia do destino e teve vontade de rir, mas estava de bom humor. Ele havia dormido apenas três horas no avião, de ontem para hoje, enquanto Alan mal conseguia manter os olhos abertos. Mesmo assim, Sertório parecia estar cheio de energia, rindo e dizendo: "Tanto faz é complicado. Tomate com açúcar também é 'tanto faz', mas depois você não come."

Hera franziu a testa só de pensar no sabor daquele prato, doce demais para o seu gosto.

Felizmente, Sertório estava apenas brincando e não tinha a intenção de fazer tomate com açúcar. Ele colocou as mãos nos bolsos, com o brilho dos ossos da clavícula chamando atenção, e seus olhos profundos refletiam a silhueta dela, perguntando: "Que tal frango com pimenta? Notei que você gostou desse prato no Hotel Hilton."

Ele estava vestindo uma malha fina de ótimo caimento, agora enrolando calmamente as mangas e revelando os pulsos esbeltos adornados com uma joia que chamava atenção. A combinação entre o acessório e sua aura era perfeita, agradável aos olhos.

Hera se lembrou de algo que Norberto Zagallo costumava dizer: "Ser bonito não é questão de aparência, mas de aura."

Antes, ela não dava muita atenção a essas palavras, mas agora, olhando para a pessoa à sua frente, percebeu quão precisas elas eram, especialmente para esse homem.

Mas, mais do que um rosto agradável, o que realmente capturou sua atenção foi o frango com pimenta, com seu aroma convidativo.

Ao sentir o cheiro do óleo de pimenta e do sichuan, seu estômago roncou de fome.

Alan serviu-lhe um prato de arroz e entregou-lhe um garfo, dizendo: "Senhorita Fontes, veja se está ao seu gosto."

Hera, que nunca fora de frescuras, pegou o garfo que Alan oferecia e foi direto ao seu prato favorito, pegando um pedaço de frango. A carne estava crocante, picante, e suculenta, tão deliciosa que quase engoliu sua língua.