Era Diamante: Brilho romance Capítulo 542

Ele assistiu, de olhos arregalados, enquanto Hera deixava aquelas palavras para trás, dizendo-lhe educada e distante: "Tio Dimas, se não for nada, vou nessa, meus amigos estão me esperando lá fora."

Os músculos do rosto de Dimas contraíram-se, enquanto ele forçava um sorriso amável, respondendo: "Ah, claro."

Afinal, ele tinha visto muito da vida e rapidamente agiu como se nada tivesse acontecido, pegando as chaves do carro sobre a mesa e se levantando, oferecendo: "Quer que eu te leve?"

Hera sentiu um desconforto, levantou a mão, ajustando a aba do boné, com um olhar selvagem, recusando sua oferta de maneira concisa: "Não precisa, eles estão logo ali, eu vou a pé."

Ele olhou para fora, onde a movimentada avenida estava cheia de carros, sem saber qual Hera se referia, apenas assistindo enquanto ela pagava no balcão e saía da cafeteria.

Voltando a se sentar, pegou o café com a mente perturbada e tomou um gole.

Quando havia bebido aquele café Blue Mountain anteriormente, não tinha achado amargo, mas agora parecia difícil de engolir.

Dimas tomou apenas um pequeno gole antes de colocar a xícara de volta, pegando o celular para procurar o número de Cícero, hesitante se deveria ligar para Cícero e perguntar se ele tinha descoberto algo sobre a relação entre Hera e Jeferson.

Ele estava imerso nesse meio há muito tempo, mas esta era a primeira vez que algo o fazia sentir-se completamente frustrado, como se uma mão invisível nas sombras estivesse apertando o pescoço deles, segurando seu ponto fraco, deixando-o sem saber como lidar com a situação envolvendo Joaquin.

Ele estava indeciso.

De repente, o celular tocou.

Ao ver a identificação da chamada, Dimas franzir o cenho profundamente e pressionou o botão para atender: "Alô?"

Sertório estava sentado no banco de trás, numa postura relaxada, com uma mão apoiada na janela, seus olhos profundos vagamente observando o exterior.

Alan, por sua vez, tinha abaixado a janela do carro e colocou a cabeça para fora, olhou ao redor antes de se virar para o passageiro de trás e dizer: "Sr. Sertório, a Senhorita Fontes disse que levaria cinco minutos, mas já são quase dez, e ela ainda não apareceu."

Ele estava preocupado com Hera, dizendo inquieto: "Será que devo ligar para a Senhorita Fontes para ver onde ela está?"

"Não precisa. Vamos esperar mais um pouco." Sertório retirou o olhar de forma displicente, pegando um maço de cigarros do porta-luvas, colocando um na boca e o acendendo com um isqueiro.

A chama iluminou o cigarro Marlboro, e ele deu uma tragada preguiçosa, segurando o cigarro fino entre os dedos, seus olhos escuros como o oceano, escondendo tormentas sob a calma superfície.

"Mário te mandou alguma mensagem?"