Era Diamante: Brilho romance Capítulo 585

No carro.

Hera mal entrou no carro e já estava com a cabeça baixa mexendo no celular, seus dedos tocavam a tela de vez em quando, parecendo estar concentrada respondendo a alguma mensagem.

Sertório apoiava uma mão no volante e a outra, com o cotovelo na janela, exalava uma aura de despreocupação, uma mudança notável em relação à sua postura anteriormente assertiva. Levantando o olhar, através do retrovisor, perguntou à garota ao seu lado: "Para onde vamos agora?"

Hera, que acabara de responder a uma mensagem de Rafael, levantou a cabeça ao ouvir a pergunta, refletiu por um momento e disse: "Vamos para casa. Quero pesquisar algumas informações."

Naquela manhã, ela havia visitado Lucas no hospital. A condição das pernas de Lucas era preocupante. Ela conversou com o ortopedista, que disse que Lucas, por ficar deitado por tanto tempo, apresentava sinais de necrose na cabeça do fêmur. Se essa condição persistisse, mesmo com avanços na tecnologia médica, Lucas provavelmente não poderia ser operado...

Hera já havia consultado todas as informações disponíveis no país sobre danos físicos causados por longos períodos de imobilização devido à paralisia. A situação de Lucas era complicada, e muitos dos casos documentados não se aplicavam ao seu estado.

Ela queria buscar na internet por casos semelhantes.

"Certo." Sertório deu ré no carro com uma mão. O espaço interno do Volkswagen era amplo, e ele notou que Hera estava vestindo apenas um moletom fino, apesar do frio. Ela parecia confortável, com o capuz cobrindo a cabeça, mas de alguma forma encolhida, como se realmente não sentisse frio.

Ele arqueou uma sobrancelha, recolheu o braço da janela e a fechou, ligando o ar condicionado sutilmente.

O carro, um Volkswagen, tinha sido especialmente modificado na concessionária para ter todas as melhores características disponíveis para esse modelo.

O ar condicionado era igualmente de alta qualidade!

Com o vento soprando, o ambiente ficou agradavelmente aquecido e confortável.

Hera, que inicialmente não havia notado o gesto dele, de repente sentiu o pescoço menos frio. Olhou para cima, viu a janela fechada, beliscou os lábios, não disse nada, mas algo dentro dela se comoveu.

Nesse momento.

O celular dele tocou.

"Que estranho, estava conectado. Por que não tem som?"

"Alô, Sr. Sertório, você está me ouvindo?" Depois de falar sozinho por um momento, ele continuou, segurando o telefone.

Sertório mantinha os olhos na estrada, dirigindo enquanto ouvia Alan se gabando, sentindo uma leve dor de cabeça, sem vontade de interagir, mas, para evitar que ele continuasse se exibindo na frente de Hera, ele falou de maneira calma: "Estou ouvindo, pode falar."

"Sr. Sertório, você me ouviu, então por que não disse nada antes?" Alan imediatamente aproveitou a oportunidade, um tanto frustrado.

Sertório: "..."

Porque você não me deu chance de falar!

Alan não estava realmente esperando por uma resposta. Lembrando-se da notícia que acabara de receber, ele disse, cheio de entusiasmo: "O Instituto de Pesquisa nº 9 acabou de enviar uma mensagem, encontraram o carregamento, conseguiram que a alfândega o retivesse com sucesso!"