Era Diamante: Brilho romance Capítulo 600

Hera suspirou no fundo do coração, mas não verbalizou seus pensamentos. A essa altura da vida, ela acreditava que Norberto tinha consciência da situação.

"Qual é a sua confiança nisso?" Norberto, com os cílios baixos, pela primeira vez abandonou sua expressão de desdém habitual e, com um olhar sério, inclinou a cabeça para perguntar.

Após uma breve reflexão, Hera respondeu: "Setenta por cento."

"A idade avançada traz suas limitações, não posso garantir um sucesso absoluto," ela explicou.

Norberto, observando o ancião inconsciente na cama e depois a moça ao lado, que ainda usava um boné de beisebol e tinha traços faciais marcantes, parecia difícil de lidar, mas com uma expressão muito séria. Foi evidente para ele que, quando ela dizia ter setenta por cento de certeza, era porque realmente acreditava nisso.

Norberto não estava em seu primeiro dia de conhecimento sobre ela.

Sabia muito bem que, quando Hera falava em setenta por cento de certeza, para pessoas como Marga, isso significava pelo menos noventa.

Seu avô tinha setenta anos, uma idade onde a sabedoria dos mais velhos é reconhecida, então ter setenta por cento de certeza já era bastante promissor!

"Vamos fazer?" Hera não se apressou em abrir seu kit de acupuntura, esperando que ele tomasse uma decisão.

Norberto relaxou a tensão em suas costas, olhou para ela, tocou sua orelha onde um brilhante brinco pendia, sorriu e disse: "Claro que vamos. Por que não? Já que te chamei até aqui, seria um desperdício não fazer. No pior dos casos, afundaremos juntos."

Seu pai havia dado um ultimato a Quiana.

Os anciãos da Família Zagallo estavam todos presentes, de certa forma ele já estava atado a Hera, se algo desse errado, então que desse errado para todos.

Hera lançou-lhe um olhar penetrante, seus olhos exibiam uma audácia indomável. Ela então abriu seu kit de acupuntura, revelando uma série de agulhas de vários tamanhos, brilhando friamente, e com um sorriso desafiador disse: "Fique tranquilo, farei o meu melhor para não te deixar afundar. Se afundarmos, só podemos dizer que foi azar."

Antes que Norberto pudesse responder, Marga, que havia entrado com ele, soltou um riso frio e zombeteiro: "Ha, nunca ouvi falar de se usar acupuntura para extrair hematomas!"