Era Diamante: Brilho romance Capítulo 616

Logo que liguei o celular.

Várias mensagens apareceram de uma vez.

Todas de uma só pessoa.

Valentino Cardoso.

[Oi, já acordou?]

[Já é quase meio-dia, ainda tá dormindo? Me avisa quando acordar.]

[Continua dormindo?]

[Quando ver, me responde. Não me deixa no vácuo.]

As mensagens iam desde as oito da manhã até a tarde, com a última enviada há uma hora.

Hera olhou para o relógio, eram cinco e meia da tarde.

Valentino Cardoso tinha combinado de se encontrar com ela às seis, no hotel.

Justo quando o alarme que ela tinha configurado tocou, Hera o desligou, mandou uma mensagem para Valentino Cardoso, pegou uma toalha quente que estava sobre a mesa e colocou um chapéu, certificando-se de que a aba escondesse os olhos sonolentos refletidos no espelho, antes de pegar o cartão do quarto e o celular e sair.

*

Do lado de fora do hotel, carros de luxo estavam por toda parte.

Erasmo tinha vindo com Matheus.

A princípio, ele não teria o direito de participar, mas Matheus, ao ouvir que ele gostava do Sr. Cardoso, decidiu trazê-lo.

Ao se aproximarem do grande lobby do hotel, Erasmo respirou fundo, tentando parecer calmo e composto, para não mostrar seu nervosismo.

"Você vai entrar comigo, vamos sentar na mesma mesa. Se tiver chance, vou te apresentar ao Sr. Cardoso."

Matheus estava todo arrumado, com um ar mais maduro, mas ainda parecia mais jovem comparado a Jorge, Sertório e os outros, evidenciando que ainda não havia realmente entrado no mundo adulto, mantendo a simplicidade das relações entre estudantes.

*

"Hera."

Hera saiu do quarto do hotel, não andava rápido, distraída com o celular, quando ouviu alguém chamá-la pelo nome atrás de si, parou surpresa, virou-se e viu Erasmo apressando-se em sua direção.

Ela não tinha comido nada, mas sentia-se estranhamente saciada.

Erasmo não percebeu a impaciência clara no rosto dela, ou talvez tenha decidido ignorar.

Rapidamente alcançou-a, parando firme diante dela, e perguntou com voz grave: "O que você está fazendo aqui?"

Sua expressão era preocupada, o tom repreensivo: "Você não deveria estar aqui."

Esse tom, como se eles fossem íntimos, pelo menos não como se tivessem brigado antes.

Hera o olhou surpresa, questionando-se se ele era esquecido, ajustou o chapéu, claramente irritada: "Isso é da sua conta?"