Era Diamante: Brilho romance Capítulo 883

Antes mesmo que a pessoa do outro lado da linha pudesse perguntar, ela olhou o relógio e, baixando o olhar, falou calmamente: "Deve levar uns trinta minutos até chegarmos ao lugar onde vamos almoçar."

Ela tinha desembarcado às dez e meia, saído do terminal às dez e quarenta e, provavelmente, chegaria ao destino por volta das onze e dez. Se houvesse trânsito, poderia se atrasar até as onze e meia.

O almoço estava marcado para meio-dia, então ela certamente chegaria a tempo.

Hera pensou que Remígio estava ligando para apressá-la, mas, para sua surpresa, depois de um breve silêncio, a voz profunda do homem do outro lado da linha revelou um leve constrangimento ao dizer: "Não se apresse, venha com calma e cuidado no caminho."

Hera arqueou a sobrancelha, surpresa com a resposta.

"Herinha."

Remígio chamou-a novamente pelo telefone.

Com a mão apoiada na janela do carro e os olhos semi-cerrados, Hera tinha uma expressão relaxada e desinteressada, murmurando rapidamente em resposta: "O que aconteceu?"

"Eu..." Remígio parecia relutante em falar, mas sabia que não poderia deixar de contar, especialmente com Hera quase chegando. Ele respirou fundo, com um tom de voz baixo e constrangido, disse: "Então... parece que o banquete de formatura hoje não vai ter muita gente, só nossa família e alguns amigos vão se reunir."

O olhar de Hera escureceu um pouco, sua mão pausou por um segundo na janela, e seus olhos brilharam com uma malícia sutil.

Ela realmente não se importava com quantas pessoas estariam presentes no almoço, mas pela forma como Galvão havia falado com ela ao telefone, ela podia perceber que a família Hollanda tinha planejado fazer uma grande festa. Parece que algum 'imprevisto' aconteceu, resultando em poucas pessoas dispostas a comparecer.

Hera sentiu seu dedo ser apertado novamente por ele, percebendo meio irritada que ele parecia gostar de brincar com seus dedos. Ela puxou a mão de volta, pegou o celular e, folheando os contatos, disse: "Nada demais, meu tio-avô ligou dizendo para eu não me apressar porque não vai ter muita gente no almoço. Estava pensando se deveria chamar alguns amigos."

"Não vai ter muita gente no almoço?" Sertório inclinou a cabeça para trás, sua expressão de surpresa evidente, parecia não esperar que esse fosse o caso.

Ele pensava como Hera; Sr. Galvão claramente queria aproveitar o banquete de formatura para apresentar Hera às pessoas de Cidade Liberdade. Se não houvesse muitos convidados, a reunião perderia seu propósito...

Ele virou-se para olhar o perfil despreocupado dela, o boné escondendo seu rosto excessivamente delicado, deixando apenas o queixo afilado à mostra enquanto ela brincava com o celular. Mesmo tentando se manter discreta, havia uma aura inegável que a tornava impossível de ignorar.

De repente, ele sorriu levemente, como se tivesse entendido o dilema da família Hollanda.