Era Diamante: Brilho romance Capítulo 904

A professora, contudo, agarrou-se à ideia como se fosse um salva-vidas, insistindo: "A competição não diz que precisa ser do primeiro ano pra cima para participar. Hera já foi aceita pela Universidade Castelo, no Departamento de Medicina Tradicional. Já que ela é nossa aluna, temos essa vaga e estamos dispostos a dá-la a ela. O que os outros têm a ver com isso? Acho que Hera dá conta do recado, melhor do que não enviar ninguém."

"..."

A ideia era louca demais. Miguel não respondeu imediatamente, hesitando por um momento antes de pegar o celular e dizer: "Calma, vou ligar para o Sr. Vargas e ver o que ele acha. Se ele achar que Hera dá conta, a gente discute isso. Além disso, temos que ver se a Hera quer."

Era uma decisão que não podiam tomar às escondidas.

E se Hera participasse e algo desse errado, afetando a reputação da estudante, o que fariam?

*

No Hotel Hilton.

O banquete de celebração da formatura se estendeu até as três da tarde.

A maioria dos convidados já tinha ido embora.

Só restavam aqueles que tinham uma relação mais próxima com Hera ou com Sertório.

Galvão estava feliz naquele dia, bebeu bastante, já estava meio bêbado, mas ainda assim, visivelmente de bom humor.

Remígio estava ao seu lado, cuidando dele para evitar qualquer incidente devido à sua idade avançada.

Sylvia também estava por perto, mas ao contrário da alegria evidente de Galvão e do bom humor de Remígio, a expressão dela só podia ser descrita como forçada.

Senhorita Fontes tem dinheiro!

Era um gesto de alguém realmente poderoso, ele nem precisava adivinhar, certamente era um investimento de milhões!

Remígio serviu uma xícara de chá para Galvão, percebendo que o velho realmente tinha bebido demais, aceitou o frasco de vidro entregue por Hera com relutância.

Olhou para o frasco transparente, sem etiqueta, sem data de fabricação, hesitou por um momento, levantou os olhos como se quisesse dizer algo: "Herinha, o que exatamente é esse remédio? Eu ouvi seu avô dizer que teve bons resultados, que ele tem se sentido muito melhor ultimamente. Melhor você me dizer o nome, da próxima vez eu compro, assim você não precisa gastar dinheiro. Você é uma jovem, não te demos dinheiro, não é certo você estar sempre comprando coisas para o seu avô..."

Sylvia, que estava ao lado, também viu o frasco de vidro transparente nas mãos de Remígio, com alguns comprimidos modestos dentro. Ela retirou o olhar com desdém, uma expressão de escárnio cruzou seu rosto, mas rapidamente escondeu sob uma fachada de indiferença.

Era apenas um produto sem marca, sem registro, quanto poderia custar? Não agia como se não soubesse, o avô sempre dava dinheiro para Hera. Naquela vez que reconheceram o parentesco, Remígio também deu a Hera um cartão preto do Citibank, com quase 500 mil.