Era Diamante: Brilho romance Capítulo 950

Ao perceber que Sertório ainda a observava, Hera relaxou os ombros de maneira notável, segurando a caneca com ambas as mãos e baixando a cabeça para tomar mais um gole de seu suco de caju, com uma expressão desleixada e preguiçosa. Ela franziu os lábios, adotando uma feição séria no rosto: "Para de me olhar, sério, não posso me sustentar."

“…”

Hera lançou-lhe outro olhar, leve e firme: “Mesmo você me olhando, não posso me sustentar.”

Sertório soltou uma risada, seu peito vibrando por alguns segundos. Apoiou-se nas laterais da cadeira, aproximando-se dela, seus olhos escuros refletindo o rosto delicado da jovem: “Dizer que não pode se sustentar só agora não parece um pouco como começar um tumulto e depois abandonar o barco?”

“Hmm?” Hera, já acostumada com sua proximidade, não mostrou resistência. Levantou seu belo rosto, recém-saído do banho, exalando um leve aroma de sabonete.

Os olhos de Sertório escureceram, fixando-se nos lábios brilhantes dela, lembrando-se da última vez que fora mordido, um incidente que o deixou inchado por dois dias, durante os quais ele se recusou a sair de seu apartamento no Renascença.

Ele estreitou os olhos, inclinando-se para se aproximar.

Hera, por algum motivo, colocou a mão em seu peito, franzindo a testa: “Espera aí, senta direito.”

Ela estava visivelmente séria.

Sertório engoliu em seco, contendo-se e endireitando-se.

Hera colocou de lado sua caneca, pegou um lápis e um caderno de desenhos, olhando para ele com seus belos olhos escuros brilhando intensamente. Ela mudou de posição, sentando-se de pernas cruzadas à sua frente e começou a desenhar rapidamente no caderno.

Um bracelete de design único começou a tomar forma sob seu lápis.

Sertório: ...

*

Especialmente em seu momento mais humilhante, quando a notícia de Hera conquistando o primeiro lugar na competição médica deste ano como um azarão se espalhou.

Os dias de Olinda ficaram ainda mais difíceis.

Num raro dia em que Dimas e Carla estavam em casa, Olinda desceu do quarto no segundo andar para encontrar os dois na sala de estar, cumprimentando-os educadamente.

“Tio, tia.”

Desde a última vez que Carla foi advertida por Sertório por causa de Kesia Carrara, sua atitude em relação a Olinda era de indiferença.

Ela claramente viu Olinda cumprimentá-la, mas ainda assim instruiu calmamente a empregada a preparar seu chá, como se não tivesse visto Olinda ali.

Com tal descaso direto e falta de cortesia, o rosto de Olinda empalideceu, sentindo-se envergonhada enquanto permanecia parada, suas mãos ao lado do corpo se apertando, sem ousar irritá-la.