Era Diamante: Brilho romance Capítulo 949

Sertório observou os papéis amassados espalhados pelo chão do quarto e as coisas desordenadas em cima da escrivaninha dela, parecendo ser todo tipo de material para desenho. No entanto, ele não fez nenhuma pergunta, como se não tivesse visto nada, baixou a cabeça com um olhar concentrado e inquestionável: “Temperatura ambiente.”

“Ah.” Hera percebeu, ao pegar o copo, que não era a bebida gelada que queria, sentindo uma leve decepção.

Mas Sertório passou por ela e disse: “Você esqueceu da última vez que ficou com dor de barriga quando estava menstruada? Falta uma semana ainda. Conversei com o médico, e você não pode consumir nada gelado essa semana, por isso não coloquei gelo.”

Ele falava disso de maneira tão natural e calma, sem mostrar nenhum desconforto.

Os belos olhos escuros de Hera o observaram por um longo tempo, sem conseguir dizer nada, seus ombros caíram em sinal de rendição. Ela segurou o copo e seguiu seus passos para voltar, perguntando: “Isso é doce?”

Ela não gostava de bebidas doces, um hábito que até Alan já tinha percebido.

Como Sertório não saberia disso, uma pessoa que nem chá com leite gostava de beber, forçá-la a beber algo doce poderia ser demais para ela.

“Não muito.”

Era a primeira vez que Sertório descrevia o sabor da caipirinha de ameixa para uma garota, uma novidade para ele: “É azedinho, mas tem um retorno doce. Experimente, se não gostar, não precisa beber. Eu peço para o Alan trazer um copo de limonada para você...”

Hera levantou levemente as pálpebras para olhá-lo, sentou-se na cadeira, segurando a caneca com ambas as mãos, sem dizer uma palavra, tomou um pequeno gole.

Assim como alguém havia dito, o primeiro gosto era azedo, seguido por um sabor doce e agradável, não era ruim.

“É bom.” Seu semblante relaxou, seus olhos brilhantes se levantaram, e seu humor pareceu melhorar consideravelmente, com um sorriso relutante: “Com gelo talvez ficasse melhor.”

Sertório ignorou seu comentário, já tendo notado que o notebook em sua escrivaninha estava aberto em um software de desenho.

Sertório: “......”

Ela o avaliou de cima a baixo novamente, desviando o olhar, voltando ao seu jeito desleixado e direto: “Melhor não pensar nisso, não consigo te sustentar.”

A herdeira da Família Dantas da Liberdade, também chefe do Instituto de Pesquisa nº 9, ela tinha um pouco de dinheiro, mas sustentar Sertório parecia ser um desafio.

Até o sofá do apartamento dele no Reno mostrava o quanto ele gostava de gastar, chegando a custar um valor de sete dígitos.

Até o secador de cabelo no quarto dela começava em seis dígitos.

Não era uma questão de modéstia, ele era difícil de sustentar, definitivamente não era do tipo que se contentava com pouco, um gasto considerável.