Era Diamante: Brilho romance Capítulo 957

Olinda ainda fixava o olhar naquela moça de rosto excessivamente chamativo, incapaz de desviar a vista por vários segundos, mesmo repleta de inveja e irritação em seu íntimo. Tinha que admitir, Hera possuía uma beleza notável, um rosto que faria qualquer homem se encantar à primeira vista; não fosse assim, Matheus não teria se apaixonado depois de um único encontro com ela no campus...

Ela se perdeu em pensamentos por um instante.

Mas, num piscar de olhos, seu sorriso irônico reapareceu, dissimulando o escrutínio indisfarçável em seu olhar, assumindo uma expressão serena e controlada.

Na verdade, Erasmo tinha suas qualidades. A Família Gouveia era uma das poucas famílias de elite de Cidade Milagre, com membros que seguiram carreiras políticas. Erasmo era bem-sucedido acadêmica e fisicamente, destacando-se em diversos aspectos como um homem de alta qualidade.

Entretanto, foi somente ao chegar em Cidade Liberdade que ela percebeu existirem peixes maiores no mar.

Por exemplo, o homem ao lado de Hera parecia muito mais enigmático e de aparência ainda mais distinta que Erasmo, provavelmente pertencendo a uma família de grande prestígio.

Mas ela não invejava isso. Afinal, mesmo com a origem de Hera e seu apoio da Família Carrara, ela ainda estava longe de tocar os limites desse círculo social. Hera, muito menos, seria aceita.

Hera era apenas um rosto bonito; aquele Senhor de Cidade Liberdade, Sr. Sertório, provavelmente estava apenas em busca de novidade, divertindo-se com uma moça vinda de uma cidade menor.

Cansado, ele naturalmente a deixaria de lado.

Esse tipo de relação era diferente daquela que ela mantinha com Erasmo; ela já havia se aliado a Carla e ao Sr. Steven, garantindo seu futuro em Cidade Liberdade. Mesmo que Hera fosse protegida pelo Sr. Cardoso, Valentino Cardoso, por mais influente que fosse no meio acadêmico, não se comparava ao apoio da Família Carrara. Em questões de conexões, Hera não podia competir com ela!

“...” O rosto de Olinda empalideceu instantaneamente, suas mãos agarraram a bainha de sua roupa, apertando-a firmemente, lutando para manter a compostura.

Carla riu, cruzando os braços numa clara posição de espectadora, sem qualquer intenção de intervir.

O constrangimento de Olinda só aumentava.

Foi então que Dimas franzir a testa novamente, seu olhar sombrio recaiu sobre a jovem, falando com um tom um pouco mais grave: “Olinda só te convidou para jantar, não precisava falar assim com ela. Ela não teve más intenções, você...”