Era Diamante: Brilho romance Capítulo 990

"Dimas, você..." Carla colocou a mão em seu ombro, hesitante se deveria falar aquilo.

De repente, um vulto familiar apareceu no corredor do hospital. Carla, pelo canto do olho, viu quem era, parou por um segundo, surpresa por ver a pessoa agindo tão descaradamente, ainda ousando aparecer. Reflexivamente, ela exclamou com espanto: "Hera?"

*

"Senhorita Fontes, o quarto de Olinda é o 3303." Naquele momento, Alan veio correndo, passando o número do quarto que tinha encontrado para a moça.

"Ah, obrigada." Ela levantou a mão, ajustando a aba do boné, escondendo o frio nos olhos, parecendo não haver nada de incomum.

"Obrigada nada." Alan olhou na direção de Dimas, preocupado, e perguntou: "Senhorita Fontes, quer que eu te acompanhe lá dentro?"

"Não precisa, quero lidar com isso sozinha." O olhar de Hera era despreocupado, sua voz soava muito calma.

Alan não conseguiu decifrar se ela estava afetada pelas coisas que estavam circulando online. Ele olhou na direção de Sertório, vendo que o homem não havia dito nada, mordeu os lábios e acompanhou Hera até o quarto 3303, avistando de longe duas pessoas paradas na porta.

Era Dimas e Carla.

Entre os dois, Carla pareceu notá-los primeiro, apontando e falando algo.

Não demorou muito para Dimas também olhar em sua direção, com um olhar sombrio. Mesmo à distância, era possível ver a irritação no rosto do homem.

Hera, porém, agiu como se não os tivesse visto, marchando em frente, prestes a passar por eles, quando Dimas não conseguiu mais se segurar, repreendendo-a com um tom severo: "Hera, foi você, não foi?"

Ela simplesmente o ignorou, não lhe dando nem um olhar, continuando em direção ao quarto.

Dimas era uma figura respeitada em Cidade Liberdade, e sob a irritação, ele tentou instintivamente detê-la.

A luz do sol entrava pela janela, a brisa movia as cortinas brancas. Se não fosse pelo gotejar constante do soro caindo pelo tubo fino de plástico até a veia de Olinda, alguém poderia pensar, ao entrar, que estava em um mundo completamente diferente.

Olinda estava deitada tranquilamente na cama, de olhos fechados, coberta por um lençol, apenas o braço do soro exposto, parecendo estar dormindo.

Hera, no entanto, notou imediatamente as pálpebras levemente inchadas de Olinda. Sem dizer uma palavra, ela arrastou uma cadeira até o lado da cama e sentou-se.

Com uma mão apoiada na borda da cama, batucava levemente com as pontas dos dedos.

"1."

"2."

A voz da moça, casual e um pouco rouca, soava selvagem e desinibida, enquanto ela se sentava na cabeceira da cama, contando de forma displicente.