Era Diamante: Brilho romance Capítulo 989

A audácia dos adversários era chocante!

E o que era ainda mais chocante, após fazerem aquilo tudo, saíram impunemente, sem temer as consequências.

Se não fosse pela rápida reação do motorista da Família Carrara, que imediatamente ligou para o número de emergência 192, Olinda provavelmente ainda estaria sofrendo e se contorcendo de dor no meio da rua.

Carla estava pálida.

Além do medo que sentia depois do ocorrido, a raiva predominava.

Não importava o que Olinda tivesse feito, ela e Dimas ainda estavam lá, e os adversários trataram Olinda daquela maneira na frente deles, pisando na sua dignidade sem dúvida alguma!

Se eles não conseguissem fazer com que os culpados fossem presos, corriam o risco de virar motivo de piada em Cidade Liberdade.

Mas...

Carla, contendo sua indignação, apertou sua bolsa mais forte, seu rosto se contorcendo em desagrado, seus olhos faiscando.

Ela se lembrou do brutamontes que arrastou Olinda dizendo: Sr. Sertório quer sua mão.

Em Cidade Liberdade, só havia um homem conhecido como Sr. Sertório — Sertório.

Só de pensar nesse nome, Carla sentia suas têmporas pulsarem, e ela não ousava mencionar isso a Dimas.

Eles levaram Olinda para a enfermaria, e coincidentemente o médico responsável pela cirurgia de Olinda veio com o relatório médico em mãos.

Dimas o interceptou rapidamente, perguntando com uma voz profunda: "Doutor, minha sobrinha, ela..."

"Como assim." Dimas respirou fundo, sentindo um vazio momentâneo, sem conseguir falar por um bom tempo.

Ele queria dizer que, se Olinda não pudesse tocar piano, qual seria a diferença de ter perdido as mãos!

Mas na frente do médico, ele só conseguiu engolir em seco, sem conseguir expressar seu desespero.

Carla também estava visivelmente abalada, fechou os olhos, com apenas um pensamento em sua mente: Olinda estava arruinada!

Eles tinham escolhido Olinda ao invés de Hera, e agora Olinda se tornara seu fardo... Ela também estava sem palavras, com sentimentos complicados.

O médico, sem dar muita atenção à reação deles, mencionou brevemente sobre a condição de Olinda e, sem esperar por uma resposta, foi cuidar de outros assuntos. Antes de sair, apenas informou que qualquer dúvida poderia ser esclarecida com as enfermeiras de plantão.

Desde que Dimas ouviu que Olinda não poderia mais tocar piano, ele não conseguiu absorver mais nada, sua testa marcada por veias salientes, contendo sua fúria, socou a parede e gritou: "Quem foi o responsável por isso!"