Espada Divina do Amor romance Capítulo 180

"AI, Violeta, é essa a atitude dele?"

"Depois de ser desmascarado, não se dá ao trabalho de explicar?"

Susana soltou uma risada sarcástica e se virou para Violeta Camarillo.

"Mãe, mas ele explicou, e você também não acreditou..."

Violeta Camarillo mordeu o lábio, suspirando levemente.

"Eu acreditar? Por que eu deveria acreditar?"

"Quantas mentiras ele já não contou?"

"Ele disse que era um médico milagroso, que podia curar a doença da senhora, por que não curou a própria perna manca primeiro?"

"Com tudo isso, como você quer que eu acredite na explicação dele?"

Susana retrucou, deixando Violeta Camarillo sem palavras.

Afinal, o que estava acontecendo era um fato inegável.

Vendo Violeta Camarillo e Alexander silenciados por suas palavras, o sorriso de Susana se intensificou.

"Se ele ao menos fosse honesto, tivesse algum empenho, eu não seria tão dura com ele."

"Mas o que ele fez desde que se recuperou? Além de inventar mentiras, o que mais ele sabe fazer?"

"Ele ainda tem a audácia de dizer que vai abrir uma empresa para Violeta, como você é bom em mentir, hein?"

Susana sentou-se no sofá, continuando a zombar sem piedade.

"Eu posso conseguir que a Empresas farmacêuticas de Oliveira faça grandes pedidos para a Família Camarillo."

"Claro que posso, em nome de Violeta, criar uma empresa à vontade."

Alexander levantou a cabeça lentamente e explicou novamente.

"Violeta, ouviu isso? Até agora ele ainda está tentando lhe enganar com mentiras."

Susana foi pega de surpresa por suas palavras e depois riu escandalosamente.

E Violeta Camarillo suspirou interiormente, balançando a cabeça levemente.

Quanto ao pedido entre a Família Camarillo e a Empresas farmacêuticas de Oliveira, já estava confirmado que Hugo Lins havia ajudado.

Naquele dia, Abel e Hugo Lins foram até a Filial Camarillo, e falaram até de uma parceria tripla.

As palavras de Hugo Lins davam a impressão de que a família Lins estava sacrificando seus próprios interesses em favor de um pedido para a Família Camarillo.

Os fatos estavam bem diante dos olhos de todos, e por mais convincente que Alexander falasse, ninguém acreditava.

Mas Violeta Camarillo estava resguardando a dignidade de Alexander, então ela nunca o desmascarou.

Ela temia que, se fizesse isso, Alexander perderia a face e não poderia mais ficar na Família Camarillo.

"Chega, já basta."

"Mãe, vá descansar. Quando o jantar estiver pronto, eu lhe chamo."

Violeta Camarillo balançou a cabeça e empurrou Susana para dentro do quarto.

Ela então se virou, olhou para Alexander por alguns segundos, e foi direto para a cozinha.

"Ah..."

Na cozinha, Violeta Camarillo cortava batatas, suspirando levemente, com um brilho de lágrimas em seus olhos.

De fato, Susana tinha razão.

Se Alexander realmente pudesse se recuperar completamente e tivesse alguma ambição, Violeta Camarillo não teria que sofrer tanto.

"Na verdade, eu não peço muito."

"Só queria que você fosse realista, que não precisasse usar esses truques de enganação comigo..."

Violeta Camarillo murmurou para si mesma.

"Tudo o que eu disse para você é verdade."

"Os chefs de hotéis cinco estrelas até me chamam de mestre."

Alexander fingiu ser arrogante, tirando sarro com Violeta Camarillo.

"Pff..."

Violeta Camarillo sabia que Alexander estava apenas brincando, mas ao vê-lo tão sério, não pôde deixar de rir.

"Tudo bem, tudo bem, a cozinha é muito pequena, não cabe nós dois, melhor você sair."

Violeta Camarillo balançou a cabeça, mandando Alexander embora de novo.

"Então, depois mudamos para um lugar maior."

"Agora, deixe que eu cozinho e você descansa."

"Você cuidou de mim por dois anos, cozinhou para mim e até me alimentou..."

"Agora, você pode descansar."

Violeta Camarillo ficou um pouco atordoada ao ouvir essas palavras de Alexander.

Nem percebeu quando Alexander pegou a faca de cozinha.

"Tac tac tac tac!"

Alexander, sentado na cadeira de rodas, embora a tábua de corte estivesse um pouco alta, isso não afetava nada.

Seus movimentos iniciais eram um pouco desajeitados, mas logo o ato de cortar os legumes, eram muito habilidosos.

A lâmina batia na tábua de madeira, produzindo um som ritmado.

E por onde a lâmina passava, os fios de batata que ficavam para trás eram como se tivessem sido cortados com precisão de máquina.

Todos com a mesma espessura, arrumados de forma organizada.

"Uau..."

Violeta Camarillo arregalou os olhos em admiração, soltando um som surpreso.