Espada Divina do Amor romance Capítulo 195

No camarote, reinava um silêncio sepulcral.

Depois de se curvar, Violeta Camarillo levantou-se lentamente.

"Se esse tapa não foi suficiente."

"Eu ainda posso..."

Violeta Camarillo mordia levemente o lábio, sentindo-se profundamente injustiçada naquele momento.

Falava enquanto levantava novamente a mão.

Alexander tentou se aproximar, girando a cadeira de rodas, mas o ágil Osvaldo o esperava.

E ele, em cadeira de rodas, acabou empurrado, sem chance de intervir.

"Violeta, o que você está fazendo?"

"Para com isso!"

Osvaldo berrou, esticando a mão para puxar o braço de Violeta Camarillo.

Mas ela recuou dois passos e, em vez disso, aproximou-se de Alexander.

"Violeta, chega, eu não quero mais a foto, pode parar, tá bom?"

Cecília também suspirou fundo e abraçou Violeta Camarillo e puxou o seu pelo braço.

E Helena Aguiar, mesmo querendo fazer uma piada sarcástica, ela sabia que não havia tempo e apenas ficou de boca fechada.

"Cecília, me desculpa mesmo, o Alexander não fez por mal."

Violeta Camarillo olhou para Cecília, ainda defendendo Alexander.

Cecília, rangendo os dentes, balançou a cabeça e disse: "Tá bom, eu sei, já passou..."

"Uma foto não vale mais que a nossa amizade, isso me deixa tão mal."

As outras garotas, exceto Helena Aguiar, cercaram Violeta Camarillo para consolá-la.

Osvaldo e Ailton, por outro lado, ficaram à toa e logo fixaram seus olhares em Alexander.

"Filho da mãe! Esse aí, além de se esconder atrás das mulheres, o que mais sabe fazer?"

"Deficiente e daí? Pessoas com deficiência não podem errar?"

"Que lixo, Violeta se batendo e ele nem se mexe."

"Não entendo como a Violeta pode manter um inútil desses por perto."

Os colegas estavam furiosos, comentando enquanto olhavam friamente para Alexander.

"Alexander, você é mesmo um inútil."

"Erra e ainda faz os outros pagarem."

Ailton resmungou alto.

"Te aconselho a não me provocar agora."

Alexander ignorou Ailton, com o coração prestes a explodir.

Ver sua esposa batendo por causa dele era demais para qualquer homem aguentar.

Mas naquele momento sua raiva ainda não havia encontrado saída.

"E você, que veio me atacar primeiro, eu estava apenas me defendendo."

"Quem você pensa que é para exigir um pedido de desculpas meu?"

Alexander cruzou os braços sobre os joelhos, olhando calmamente para Ailton.

Naquele momento, a aura ao redor de Alexander tornou-se progressivamente gelada.

Cecília e Violeta Camarillo, observando a cena, ficaram atônitas, sentindo de repente uma familiaridade com aquela atmosfera.

"Vou te dar uma chance."

"Agora, peça desculpas à Violeta e dê três tapas na própria cara."

"Considerando que você é colega de classe da Violeta, eu posso deixar isso pra lá."

"Caso contrário..."

Alexander fez uma pausa, seu olhar fixo em Ailton.

Aquele olhar carregado de intenção assassina, como um raio, disparava diretamente em direção a Ailton.

"Se não, não me importo se sua família Couto é rica em Cidade do Rio, ou se são nobres influentes."

"Dentro de um dia, vou desmantelar sua família Couto!"

Suas palavras eram firmes e ressoavam com convicção.

Não havia nenhum traço de brincadeira em seu tom ou expressão.

Quando Alexander terminou de falar, toda a sala caiu num silêncio mortal.