Espada Divina do Amor romance Capítulo 45

Alexander passou dois anos na Família Camarillo, e realmente tinha alguns membros da Família Camarillo que nunca olharam para ele com desprezo.

Mas a maioria dos membros da Família Camarillo achava que ele era um inútil.

Até mesmo Farias, na verdade, não esperava que Alexander pudesse ajudá-los a resolver problemas.

No entanto, a atuação de Alexander naquele dia foi surpreendentemente impressionante.

Embora um pouco violenta...

"Alexander, obrigado..."

Farias disse, apertando a palma da mão.

"Não foi nada demais."

"Sem mim, a Família Camarillo também poderia ter resolvido isso."

Alexander manteve sua expressão calma, falando calmamente.

"Imagina..."

"A minha sogra sempre diz que é normal crianças brigarem, não devemos incomodar a Família Camarillo para tudo, para não passarmos vergonha."

Farias suspirou levemente, abraçando Emma com uma certa comoção.

Sendo nora da Família Camarillo, com o marido ausente e tendo dado à luz uma filha que não poderia seguir com o nome da família, naturalmente não era bem-vista.

Alexander não disse nada.

Ele não era do tipo que se entristecia.

Há muitas pessoas sofrendo no mundo e ele não tinha interesse em se envolver.

Ele veio naquele dia apenas por Emma.

Aquela menina que, ao ganhar dois algodões-doce na escola, sempre fazia questão de levar um para casa.

"Tio, queria que você fosse meu pai."

"Assim, ninguém iria me incomodar."

Emma de repente disse isso com os olhos brilhando.

"Emma! Não fale bobagens."

Farias rapidamente ficou envergonhado, olhando para Alexander com um pedido de desculpas.

Pela diferença de gerações, Farias era prima de Alexander, e claro que não deveria fazer comentários inadequados.

"Não tem problema, crianças falam o que vem à mente."

Alexander acenou com a mão, demonstrando não se importar.

"Tio, posso dizer aos meus colegas que você é meu pai?"

Emma, segurando um pirulito, perguntou inocentemente.

Alexander deu uma risada sem jeito e depois concordou com a cabeça.

"Mas... isso também não está certo, né? Os pais e mães dos outros coleguinhas dormem juntos."

Emma mordeu seu pirulito, sussurrando seriamente.

Isso fez até Alexander engasgar.

Farias rapidamente cobriu a boca de Emma, ficando ainda mais envergonhada.

"Vou levar vocês em casa, daqui a pouco tenho que buscar a Violeta no trabalho."

Alexander não deixou a atmosfera dentro do carro se tornar mais desconfortável, falando de maneira casual.

"Tudo bem, tudo bem."

Farias concordou rapidamente com a cabeça.

"Se alguém te incomodar novamente, conte para o tio."

Alexander virou-se para Emma, sorrindo ao falar.

"Beleza!"

Emma estava claramente animada, balançando seu pirulito.

...

À noite.

Alexander, como de costume, aplicava a técnica de acupuntura em suas pernas.

Depois de terminar a sessão de acupuntura, Alexander exalou profundamente.

A agulha de prata tinha sido usada há alguns dias.

Nesse período, Alexander sentiu uma diferença notável.

Suas pernas, que tinham se tornado incrivelmente rígidas devido ao uso prolongado da cadeira de rodas, agora estavam melhorando.

Mesmo com Violeta Camarillo insistindo em massagear as pernas de Alexander todos os dias, a falta de uso dos membros ainda levava à degeneração.

Agora, a situação estava muito melhor.

Os vasos sanguíneos que antes estavam bloqueados agora estavam progressivamente desobstruídos.

No entanto, as pernas de Alexander pareciam ainda não ter sensação.

Alexander franziu a testa levemente, apoiando-se na cadeira de rodas, tentando se levantar.

Violeta Camarillo disse uma vez que não precisava de nada.

Só queria que Alexander pudesse ficar empé na sua frente.

O sonho de Violeta Camarillo era o que fazia Alexander esforçar mais.

Alexander apoiou-se nos braços da cadeira de rodas, reunindo força, tentando levantar o corpo com as pernas.

Mas elas estavam fracas e sem força.

Havia energia dentro dele, mas era como se não pudesse ser aproveitada.

A força em seu corpo simplesmente não conseguia chegar às pernas.

Aquelas pernas pareciam não pertencer a Alexander.

Ele tentou por um bom tempo, mas acabou desistindo.

"Parece que vou precisar de mais alguns dias", sussurrou Alexander, antes de lentamente girar a cadeira de rodas em direção à saída.

Era uma noite silenciosa e tranquila.

Não muito longe de sua casa, à beira do rio, Alexander sentou-se sozinho.

...

Enquanto isso.

No Aeroporto Internacional da Cidade do Rio, na sala de desembarque.

Sentavam-se cerca de uma dúzia de homens de meia-idade, bem vestidos e corpulentos.

Se alguém os visse, certamente ficaria surpreso.

Cada um desses homens tinha uma posição elevada!

Ou eram magnatas com fortunas bilionárias.

Ou eram nobres com laços familiares em posições de poder.

Todos eram pessoas de destaque, com uma postura admirável.

Qualquer um deles, conhecido em toda a Cidade do Rio, possuía uma reputação ilustre.

E agora, essas pessoas, que ganhavam dezenas de milhares por minuto, estavam todas reunidas aqui para uma recepção?

Isso era realmente surpreendente.

"Vocês também vieram para receber aquela pessoa?", perguntou um homem de meia-idade, tossindo levemente antes de continuar a falar em voz baixa.

Todos ficaram surpresos, mas depois acenaram com a cabeça em silêncio.

Já que se encontravam, certas coisas não precisavam ser escondidas.

"Disseram-me para vir recebê-lo, mas não sei quem estamos esperando."

"Dizem que é uma pessoa do meio militar, ocupando o posto de General de Exército!"

Quando outro homem de meia-idade terminou de falar, todos sentiram seus corações apertarem.

General de Exército!

O que é um General de Exército?

A mais alta patente militar!

Isso sim é uma verdadeira autoridade!