Espada Divina do Amor romance Capítulo 482

Alexander não havia enganado ela.

Apenas, os Camarillos mantiveram o segredo.

Quanto ao motivo, provavelmente não queriam que Violeta Camarillo mudasse sua opinião sobre Alexander, certo?

Naquele momento, Violeta Camarillo finalmente compreendeu tudo.

Alexander nunca a enganou. A parceria com as Empresas farmacêuticas de Oliveira não tinha nada a ver com Hugo Lins.

Tudo havia sido obra de Alexander!

Quanto mais Violeta Camarillo pensava, mais se sentia culpada.

Mas agora, ela já havia dito aquelas palavras cruéis para Alexander. Ele ainda a perdoaria?

"Violeta, o que está feito, está feito. Não fique remoendo," disse Susana, aproximando-se lentamente de Violeta Camarillo, com um suspiro.

Ela também estava começando a entender quem realmente era Alexander.

Definitivamente, não era o inútil que os Camarillos pensavam.

Qual inútil poderia comprar um Bentley? Qual inútil poderia gastar milhões numa mansão?

E qual inútil faria com que figuras importantes das Empresas farmacêuticas de Oliveira viessem pessoalmente recebê-lo?

Se esse é o significado de ser um inútil, então Susana também gostaria de ser um.

No entanto, as coisas haviam chegado a um ponto sem retorno.

A avó Camarillo certamente tinha seus próprios planos.

"Mãe..." murmurou Violeta Camarillo, apertando as mãos e lançando um olhar profundo para Alexander.

Mas naquele momento, Alexander não estava olhando para ela.

Um sorriso amargo apareceu nos lábios de Violeta Camarillo. Sim, ela havia dito palavras tão cruéis para Alexander, ele certamente a odiaria, não é?

"Antes, por causa do Sr. Alexander, minhas Empresas farmacêuticas de Oliveira estavam dispostas a sofrer perdas para beneficiar a Família Camarillo."

"Agora que o Sr. Alexander está prestes a deixar a Família Camarillo, devo dizer que o contrato será rescindido unilateralmente," disse Abel, se aproximando para levar Alexander embora.

"Abel, você vai ter que pagar uma multa pesada por isso!" Fernando Camarillo avançou abruptamente, gritando para Abel.

Os homens ao redor de Abel não puderam evitar um sorriso irônico.

Como dizem, a gratidão é cultivada com um punhado de arroz; a inimizade, com um saco.

A parceria entre as Empresas farmacêuticas de Oliveira e a família Camarillo era um acordo em que a primeira renunciava a todos os seus benefícios, favorecendo gratuitamente a Família Camarillo.

A Família Camarillo não sabia ser grata e agora ainda queria que Abel pagasse a multa.

Isso era realmente ridículo.

Se os descendentes da Família Camarillo agissem assim, sua ruína era iminente e inevitável.

"Ha! Tudo bem!"

"Pelo bem do Sr. Alexander, eu pagarei a multa para vocês," disse Abel despreocupadamente com um aceno e um sorriso, e sem mais palavras para a Família Camarillo.

Ele admitiu que Violeta Camarillo tinha uma posição muito importante em seu coração.

Por isso, ele perguntava repetidamente.

Se fosse qualquer outra pessoa, com seu temperamento, nem sequer teria perdido tempo com conversas.

"Se você quer ir, então vá, pra que tanta conversa?" Fernando Camarillo, num ímpeto, gritou.

Naquele momento, ele sabia que não havia mais volta e que tinha de se manter firme ao lado de Hugo Lins.

Assim, a Família Camarillo ainda poderia ter uma chance de sobrevivência.

Caso contrário, se ofendessem Abel e os outros, seus dias seriam difíceis.

"Eu já me decidi, é melhor você ir."

Violeta Camarillo ficou em silêncio por quase meio minuto e, ainda relutante, balançou a cabeça.

Algumas coisas ela podia ver claramente, e mesmo que lutasse, seria em vão.

Portanto, era melhor terminar tudo de uma vez por todas.

"Certo."

Alexander hesitou por dois segundos e, em seguida, assentiu levemente, girando a cadeira de rodas em direção à saída.

"Alexander, se você ainda tem um pingo de consciência, você sabe o que não deve fazer."

A avó Camarillo se aproximou, furiosa, e gritou para as costas de Alexander.