Espada Divina do Amor romance Capítulo 519

"Ah, o Alexander é mesmo muito macho, adoro! Não quero ver ele apanhando."

As pessoas ao redor não paravam de comentar.

"Bang!"

De repente, ouviu-se um som surdo vindo do topo da escada, seguido por um grito de dor.

"Olha só! O Alexander foi jogado pra fora! Com certeza!"

"Foi procurar sarna pra se coçar no território do Sr. Ernani, ele não sabe quantos olhos o Sr. Salvador tem."

"Tá morto! Duzentos por cento morto!"

Todos viraram os olhares para a grande escadaria.

"Bang!"

Outro golpe poderoso foi ouvido.

"Gorgolejar!"

Viram então um homem com o rosto ensanguentado rolando escada abaixo.

Suas roupas estavam desarrumadas e o rosto coberto de sangue refletia as luzes coloridas da pista de dança, tornando a cena ainda mais macabra.

"Plum!"

Ele rolou da parte mais alta até o final, caindo estatelado no chão.

"Caraca! O cara aí foi surrado feio!"

"Não, não pode ser. Esse cara parece que está só de camisa, sem casaco."

"Você viu errado. Com certeza é ele, não tem que pensar muito, será que alguém do Sr. Ernani apanhou?"

"Será?"

Todos olhavam para o homem caído no chão.

"Cof, cof..."

O homem tossiu algumas vezes e, com dificuldade, sentou-se, limpando o sangue do rosto.

Quando viram claramente a face do homem, todos na pista de dança arregalaram os olhos.

"Shh!"

No segundo seguinte, como se combinado, centenas de pessoas se levantaram.

Todos estavam horrorizados, com um olhar de choque nos olhos.

"Caralho! O... o chefe?"

Até Antônio, vendo o rosto do homem, correu até lá com seus homens.

"Afastem-se!"

Com um rugido furioso de Ernani, Antônio e os outros pararam imediatamente.

"Caraca! É o Sr. Ernani??"

"Meu Deus! Não... não pode ser, o Sr. Ernani foi espancado assim?"

"Jesus! Estou sonhando?"

Todos estavam com os olhos arregalados, incrédulos.

Ernani, uma figura que no submundo do Rio de Janeiro sua palavra era lei, tinha poder e influência.

Na grande cidade do Rio, poucos ousariam desafiá-lo.

E agora, Ernani, um verdadeiro peixe grande aos olhos de muitos, em seu próprio território, foi espancado dessa forma.

Quem teria coragem de fazer isso?

Quem teria a audácia?

Depois do choque inicial, todos se lembraram do jovem que subiu as escadas e derrubou dezenas de pessoas com suas próprias mãos.

Hoje, apenas ele subiu para o segundo andar para causar confusão.

Então foi ele quem fez isso?

Com essa ideia, muitos engoliam em seco e olhavam novamente para o topo da escada.

Um silêncio mortal tomou conta do lugar.

"Suba aqui."

No segundo seguinte, uma voz imponente e autoritária soou no segundo andar.

Nesse silêncio, a voz chegou claramente aos ouvidos de todos.

"Sim! Sim!"

Ernani concordou rapidamente, depois, arrastando o corpo ferido, subiu lentamente as escadas apoiando-se no corrimão.

Lá embaixo, centenas de olhos seguiam o movimento de Ernani.

Até que ele desapareceu de suas vistas, todos ainda estavam atônitos.

"Pum..."

Vez após vez, caindo do alto para o chão.

A escadaria opulenta que Ernani construíra a preço de ouro, digna de uma coroação imperial, brilhava magnificamente.

Mas naquele dia, tornou-se a sua escada mortal.

Seu sangue espalhava-se por todos os degraus, enquanto ele caía repetidamente do ponto mais alto.

Com as roupas em desalinho e sangue por todo o corpo.

Uma visão de extrema miséria.

Ninguém ousava interferir, nem sequer se atreviam a emitir um som.

"Eu posso fazer com que você suba pisando no corpo morto de Romão."

"E posso fazer com que outros subam pisando no seu cadáver, Ernani."

"Você acredita nisso?"

Alexander olhou para Ernani e falou em tom grave.

"Sr. Alexander, eu acredito, eu acredito, eu estava errado, eu estava errado..."

Ernani, com o rosto inchado e as roupas rasgadas, não esqueceu de continuar se desculpando.

"Pum!"

Alexander chutou novamente, e o corpo de Ernani rolou escada abaixo, tombando pesadamente no chão.

Dessa vez, ele desmaiou no local.

Ainda assim, ninguém ousava ajudá-lo.

"Toc! Toc!"

Os passos soaram lentamente e os olhares de todos deslocaram-se para o topo da escada.

Alexander, com uma expressão serena e vestes impecáveis, até mesmo o cabelo não tinha um fio fora do lugar.

Ele apareceu lentamente diante de todos.

Naquele momento, parecia que vinha de um mar de luz, brilhando intensamente, deslumbrante.

Do alto, ele olhava para baixo, para as centenas de pessoas presentes.

E naquele instante, o salão mergulhou em um silêncio mortal.