Espada Divina do Amor romance Capítulo 552

"Ei, colega, o que você ainda tá fazendo aqui? Vaza logo!"

"Verdade, queria fazer a boa samaritana e acabou pisando no calo do Ernani, né?"

"Rachei! Fica aí parada, achando que vai conseguir o emprego?"

"É de morrer de rir!"

Um grupo de homens e mulheres caçoava da garota de cabelos longos.

"A Group Maravilhosa é uma grande empresa, não se envolve com esse tipo de esquema."

Sentada em sua cadeira, a jovem com os cabelos longos apertava seu currículo com força e respondia com determinação, mordendo o lábio.

"Inocência pura! Você não tem noção de como o mundo é cruel."

"Deixa ela aí, se quer ficar sentada. De qualquer forma, logo mais será mandada embora."

Todos riam entre si, esperando que, se Francisco fosse contratado, pudesse dar uma forcinha para eles também.

...

Dentro da sala de entrevistas.

Francisco, confiante, segurava seu currículo e entrava.

Embora a Group Maravilhosa fosse uma empresa grande, não era a primeira vez que ele trabalhava em um lugar assim.

Se não fosse seu tio dizendo que a Group Maravilhosa oferecia ótimas condições, talvez ele nem considerasse voltar.

Além disso, seu tio mencionou que a empresa tinha um forte respaldo, que muitos não ousariam provocar.

Se Francisco conseguisse subir na hierarquia da Group Maravilhosa, seria uma grande oportunidade.

Por isso, ele estava ali.

Com seu currículo em mãos, ele acreditava que a vaga já era praticamente sua.

Contando ainda com o apoio do tio, não havia razões para se preocupar.

A assistente levou Francisco para a sala e ficou esperando do lado de fora.

Enquanto isso, Francisco aproveitava para observar o ambiente, tentando deduzir os gostos do entrevistador.

Assim, poderia dizer exatamente o que o entrevistador gostaria de ouvir e selar a sua contratação.

"Bom dia, sou o candidato Francisco."

Francisco olhou ao redor, já formando uma ideia em sua mente, e caminhou em direção à mesa de trabalho.

Atrás dela, uma pessoa estava de costas para ele, recostada em uma cadeira giratória, de frente para uma janela panorâmica.

Pelo ângulo, Francisco só podia ver a parte de trás da cabeça do homem.

Pelo corte de cabelo, era um homem.

"Bom dia?"

Vendo que o entrevistador não respondia, Francisco franziu a testa e chamou mais uma vez.

A atitude do entrevistador o irritou um pouco.

"Bom dia."

Finalmente, o homem se pronunciou com um cumprimento.

Francisco se sobressaltou ao ouvir a voz, que lhe parecia familiar.

Ao mesmo tempo, a cadeira começou a girar lentamente.

Francisco imediatamente se endireitou, mantendo um sorriso confiante nos lábios.

Sabia que demonstrar nervosismo só prejudicaria sua imagem diante do entrevistador.

Mas, quando o homem se virou completamente, o sorriso confiante de Francisco desapareceu gradualmente.

Seus olhos se arregalaram, tomados por uma surpresa profunda.

Aquele jovem sentado na cadeira giratória, vestindo um terno branco e com um sorriso zombeteiro.

Francisco franziu a testa e perguntou quase que instintivamente.

"Diga ao Hugo Lins que o tempo está acabando, restam apenas três dias."

Alexander levantou a xícara de chá, saboreou um gole e falou com um ar significativo.

"Humph! Se você é tão capaz, vá falar com o Sr. Hugo você mesmo."

"Além disso, essa sua cena, é para me mostrar que você é o entrevistador de hoje e que decide quem contrata?"

Francisco soltou um resmungo e, confiante, sentou-se no sofá ao lado.

Alexander permaneceu em silêncio, apenas observando Francisco com um olhar sereno.

Ele estava curioso para saber até onde ia a confiança de Francisco.

"Não tenho medo de te dizer, meu tio também trabalha aqui, e é ainda mais importante para a empresa do que você."

"Não importa se você é só um simples entrevistador ou mesmo o chefe do departamento de RH, você não tem a última palavra nessa história."

Francisco falou com um sorriso frio e um olhar desprezível.

Seu tio, sendo um nativo da Cidade do Rio, conhecia muito bem todos os cantos e era naturalmente mais hábil nos negócios por aqui.

Colocá-lo para gerenciar negócios externos era definitivamente o seu forte.

Enquanto isso, Alexander era apenas um ocupante de um cargo burocrático no escritório.

Ele simplesmente não podia competir com o tio de Francisco.

Por isso, Francisco estava extremamente confiante.

"Minhas decisões não são afetadas nem pelo seu tio."

"Até se fosse seu pai, não faria diferença."

Alexander colocou a xícara de chá de volta na mesa, com uma expressão incrivelmente calma.