Espada Divina do Amor romance Capítulo 575

"Antes, o senhor me pediu para preparar uma quantia considerável em dinheiro. Já está na hora de usá-la, não está?"

Mauro sabia exatamente como era a personalidade de Alexander. Se não agisse, tudo bem, mas uma vez que decidisse entrar em ação, certamente causaria um enorme impacto.

"Com certeza."

Alexander assentiu levemente.

O dote havia sido meticulosamente preparado por ele.

Ele tinha planejado resolver as pendências com a família Lins e, após tornar o Grupo Maravilhoso a principal força empresarial do Rio, iria pessoalmente à Família Camarillo para pedir a mão de Violeta.

No entanto, parecia que a Família Camarillo não pretendia lhe dar todo o tempo que necessitava.

"Entendi."

"Amanhã, mandarei entregar o dote."

Mauro acenou com a cabeça, gravando o assunto em sua memória.

No entanto, Alexander fez um gesto com a mão, indicando outra coisa.

"Amanhã, eu mesmo irei."

Alexander girava uma xícara em suas mãos, falando com um tom sereno.

"Como é?"

Mauro ficou surpreso com a declaração.

Alexander estava realmente pronto para um confronto direto com a Família Camarillo?

Será que não era cedo demais?

"Eu disse que vou pessoalmente."

Alexander colocou a xícara de volta na mesa e repetiu.

Mauro ficou em silêncio por apenas dois segundos antes de acenar com a cabeça em concordância.

Ele poderia ter suas dúvidas sobre os planos de Alexander, mas no fim, só lhe restava obedecer.

Essa confiança foi forjada através de inúmeras situações e vitórias de vida ou morte nos campos de batalha.

No campo de batalha, a ordem do comandante é absoluta.

Se Alexander dissesse para avançar, mesmo que o caminho à frente fosse repleto de perigos, seus guerreiros teriam que obedecer sem questionar.

Assim, quando Alexander decidiu ir pessoalmente à Família Camarillo, Mauro não tinha escolha a não ser aceitar.

Mauro conversou mais um pouco com Alexander e depois se despediu, pronto para organizar os preparativos conforme as instruções de Alexander.

Por sua vez, Alexander tirou de sob a mesa de centro um tabuleiro de go.

O jogo estava pela metade, com peças pretas e brancas em intensa disputa.

Parecia que as brancas dominavam a maior parte do tabuleiro, forçando as pretas a recuarem cada vez mais.

A derrota das pretas parecia iminente.

Alexander segurava uma peça preta, hesitando sobre onde colocá-la.

"Clack!"

Finalmente, a peça preta foi colocada.

Num instante, o que parecia uma disposição aleatória das peças pretas ganhou vida.

Essa única peça teve um papel crucial na conexão do jogo.

Era como se fosse um botão de partida que, ao ser pressionado, reverteu a situação.

As peças brancas foram rapidamente encurraladas.

A aparência de Flora, certamente, não se comparava à de Violeta Camarillo.

Mas, sem dúvida, ela era uma em um milhão.

E o ar de destemida e impetuosa que ela carregava consigo adicionava uma beleza selvagem.

Violeta Camarillo era a personificação da elegância intelectual, enquanto Flora era uma garota cheia de selvageria.

Durante os anos de escola, Violeta Camarillo era mais calada, dedicada aos estudos, de personalidade tranquila.

Flora, por outro lado, era uma verdadeira moleca, sempre cheia de energia, não tinha medo de brigar com os meninos.

Essas duas garotas tinham personalidades completamente distintas.

Alexander muitas vezes não compreendia como elas tinham se tornado amigas.

"Algum problema? Sente-se e vamos conversar."

Alexander pegou a chaleira e serviu uma xícara de chá para Flora.

Ele a tratava como se fosse da família, então não havia muitas formalidades.

"Obrigada, Comandante-chefe."

Flora acenou com a cabeça seriamente, e então se sentou lentamente em frente a Alexander.

Ela se sentou com postura, muito bem comportada.

Enquanto Mauro mantinha uma postura de prontidão atrás de Alexander, como nos tempos em que estava no exército.

"Comandante-chefe, eu não esperava que o General Beirão já tivesse te encontrado."

"Eu já deveria ter pensado nisso."

Flora lançou um olhar para Mauro, parado atrás de Alexander, com um tom de voz como se tivesse percebido algo importante.