Espada Divina do Amor romance Capítulo 716

Em um espaço confinado, um homem e uma mulher sozinhos.

Quando o sentimento se aprofundava, ambos sentiram a mudança na atmosfera.

O rosto de Violeta Camarillo começou a ficar vermelho, e seu olhar caiu, fixando-se em suas próprias pernas.

Um par de pernas longas e esguias, ligeiramente dobradas sob o assento do passageiro.

Embora não estivesse adornada com meias finas para modelar, ainda eram perfeitamente formosas.

Seu peito cheio esticava o cinto de segurança.

A mente dos dois começou a vagar, todos os sons do mundo exterior foram bloqueados.

E seus rostos estavam cada vez mais próximos.

Os lábios vermelhos de Violeta Camarillo, aos olhos de Alexander, pareciam uma rosa delicada, pronta para ser colhida.

Finalmente, eles se tocaram.

Suave, maravilhoso...

E então, o coração batia acelerado.

Violeta Camarillo, como um gatinho assustado, sentou-se quieta no assento do passageiro, sem se atrever a se mover.

Embora vivesse há mais de vinte anos, para Violeta Camarillo, essa era uma experiência nova.

Alexander foi o primeiro homem a beijá-la.

Violeta Camarillo segurou a respiração, seu coração batendo forte.

"Thump, thump!"

Foi então que a janela do carro foi batida.

Alexander e Violeta Camarillo, instintivamente, se separaram.

O rosto de Violeta Camarillo ficou ainda mais vermelho, e ela cobriu seu rosto com as mãos.

"Não é permitido estacionar aqui, está atrapalhando o negócio dos outros."

Alexander abaixou um pouco a janela, e uma voz veio de fora.

"Ok."

Alexander concordou, e depois, como crianças que foram pegas fazendo algo errado, fugiram às pressas.

...

Silêncio no caminho.

Alexander rapidamente levou Violeta Camarillo de volta para o complexo Vila Sol.

"Eu vi a previsão do tempo, parece que vai ter tempestade hoje à noite."

Depois de sair do carro, Alexander olhou para o céu estrelado, falando sério.

"Hã?"

Violeta Camarillo não entendeu de imediato, olhando para o céu noturno com um olhar atordoado.

"Com tantas estrelas, deve ser um dia claro..."

Violeta Camarillo olhou séria por alguns segundos, e então disse a Alexander.

"Se eu disse que vai, vai. Vamos."

Alexander, sem mais delongas, pegou a mão de Violeta Camarillo e a levou para dentro da casa.

"Você..."

Foi só naquele momento que Violeta Camarillo percebeu.

Sempre que havia tempestade, Violeta Camarillo ia para o quarto de Alexander, abraçando-o para confortá-lo.

Então, essa era uma insinuação de Alexander!

Violeta Camarillo corou, vendo Alexander ansioso pela primeira vez.

Comparado com sua usual compostura, Alexander parecia até fofo.

Mas, eles tiveram que aceitar uma realidade.

A fofura de Alexander não era nada perto de Emma.

"Tio!"

Assim que entraram na sala, viram uma bolinha de carne correndo em sua direção e se jogando nos braços de Alexander.

Dominando Alexander completamente, deixando Violeta Camarillo sem palavras.

Farias Oliveira estava sentado na sala, balançando a cabeça em resignação.

"Se vocês não voltam, Emma simplesmente se recusa a dormir."

Farias Oliveira olhou para os dois, meio que se desculpando.

Elas, mãe e filha, já estavam vivendo lá há alguns dias, se dando bem com Susana e os outros.

Violeta Camarillo olhou para Alexander com um olhar um pouco melancólico, segurando a vontade de rir, e puxou Farias Oliveira para o quarto.

"Shhh!"

Alexander coçou a cabeça e, resignado, segurou Emma nos braços e voltou para o quarto.

Emma, vestindo um pijaminha rosa, se movimentava pela cama, brincando feliz da vida com um ursinho de pelúcia.

E Alexander, sem experiência nenhuma com crianças, só podia sentar ao lado e observar, atônito.

Não dava para negar, Emma era mesmo adorável.

Herdeira da pele clara e lisa de sua mãe.

Seu aspecto rechonchudo era ainda mais encantador.

De repente, Alexander pensou que ter uma filha assim não era tão ruim.

Não demorou muito, Emma, abraçada ao ursinho de pelúcia, adormeceu profundamente.

A vida na Família Camarillo a fez amadurecer cedo, de uma maneira que partia o coração.

Alexander suspirou levemente, ajeitou Emma sob o cobertor, cobriu-a bem e foi para a varanda fazer uma ligação.

"Comandante-chefe, Bernardo vai realizar outra coletiva de imprensa amanhã às dez da manhã."

"O objetivo é restaurar a imagem da família Lins e reconstruir a marca da empresa Lins."

"Após a coletiva, eles vão convocar uma assembleia de acionistas."

Mauro relatou tudo rapidamente.

Alexander acenou levemente, fez alguns arranjos e então, calmamente, desligou o telefone.

Amanhã, Bernardo pensava que seria o dia da renovação da empresa Lins.

Na verdade, seria o dia em que a verdadeira jogada seria feita.

O padrasto de Alexander, Marcelo Oliveira, uma vez lhe disse.

A vida é como um jogo de xadrez.

Quem conhece o jogo, fala; quem quebra o jogo, sobrevive.

Quem controla o jogo, vence!

Alexander se preparou tanto tempo, justamente para controlar o jogo inteiro.

Não deixei, nem um único detalhe escapar.