Espada Divina do Amor romance Capítulo 744

"Ah!"

Bernardo deixou escapar um resmungo de desprezo, virando a cabeça para o lado. Quando se tratava de lidar com Alexander, ele simplesmente não conseguia se manter indiferente. A maior humilhação do mundo era ter seu inimigo, ostentando a pose de vencedor, sentado à sua frente. Bernardo sentia uma raiva fervente misturada com um arrependimento profundo. Arrependia-se de não ter feito de tudo para eliminar Alexander quando teve a chance.

"Estou falando com você."

Alexander, imperturbável, perguntou novamente.

"Escória se dando bem."

Bernardo encarou Alexander, lançando-lhe um insulto.

"Ah, ah."

Alexander balançou a cabeça, rindo friamente. Isso era se dar bem? Quando Alexander estava confinado a uma cadeira de rodas, com a mente turva, e Hugo Lins visitava a casa de Violeta Camarillo a cada dois dias, tentando conquistá-la bem diante de seus olhos, o que era aquilo então? Mas Alexander não diria isso a Bernardo. Bernardo não merecia uma explicação lógica.

"Você está rindo de quê?"

"Acha que não sei que você subornou Galeno, não é?"

"Galeno, aquele traidor, ainda é nosso parente."

"E ele me prejudicou tanto assim!"

Bernardo cerrava os dentes com ódio ao mencionar Galeno. Alexander, ouvindo isso, só podia ficar em silêncio. Era a clássica situação do bem sendo mordido pelo mal. Ele estava ali diante de Bernardo apenas por causa do pedido de Galeno no passado. Quando Galeno decidiu ajudar Alexander, fez um pedido especial. Queria que Alexander desse à família Lins uma chance de sobreviver. Alexander concordou. E, tendo concordado, certamente cumpriria sua palavra. Por isso, ele veio pessoalmente encontrar Bernardo. Nunca imaginou que Bernardo odiaria tanto Galeno.

"Se não fosse por Galeno, você nem teria a chance de estar sentado aqui."

"Você morreria, Hugo Lins também morreria."

Alexander dizia, levantando-se calmamente. Seu olhar era sereno, sem qualquer sinal de brincadeira.

"Você!"

Bernardo queria retrucar com algumas palavras duras. Mas, pensando na sua situação atual, optou pelo silêncio.

"Eu te digo, eles não têm o direito de me deter por muito tempo."

"Minhas transações financeiras com aquelas empresas foram feitas sob contrato. No máximo, seria uma disputa de dívida, não chega a ser criminal."

Bernardo ficou em silêncio por um bom tempo, antes de finalmente olhar para Alexander. O que ele disse era a pura verdade. A menos que aquelas empresas se unissem para processá-lo. E se fizessem isso, o caso ganharia grandes proporções, e os três bilhões desaparecidos seriam rastreados até o fim. Então, Alexander não queria que as coisas chegassem a esse ponto. Ele só queria que a família Lins pagasse o preço.

"Galeno pediu por vocês, e eu também posso dar a vocês uma chance."

"Façam exatamente o que eu disse."

"Nem menos, nem mais."

"Lembre-se, esta é a última chance."

"Seja honesto comigo, o que exatamente Alexander disse para você?"

Bernardo olhou para Hugo Lins, perguntando seriamente.

"Como eu poderia lembrar? Eu nunca levei a sério o que ele disse!"

Hugo Lins balançou a cabeça, igualmente confuso.

"Se não consegue lembrar, então pense direito."

Bernardo resmungou friamente, batendo com força na mesa. Hugo Lins, após um momento de silêncio, de repente levantou a cabeça.

"Pai, Alexander... aquela espada que peguei, e aquela roupa, na verdade eram de Alexander."

"Ele me disse que essas coisas, eu não deveria ter pego..."

"E ele queria que todos nós, da família Lins, nos ajoelhássemos e devolvêssemos tudo como estava..."

Hugo Lins finalmente lembrou o que Alexander havia lhe dito.

"Maldito!!"

Ao ouvir isso, Bernardo rugiu de raiva. A família Lins do Rio, sendo uma família nobre emergente da cidade do Rio, ajoelhar-se perante ele, Alexander? Aquela espada quebrada, poderia ser tão valiosa assim?