Espelhos da Alma: As Duas Vidas de Marlene romance Capítulo 119

Nelson recuou um passo, exclamando surpreso: "Como, como isso pode acontecer?"

"Sr. Lopes? Por que essa expressão?"

Nelson foi trazido de volta à realidade pelas palavras da Sra. Machado, com os lábios tremendo disse: "Senhora, Glória e Marlene têm se falado recentemente?"

A Sra. Machado balançou a cabeça: "Como você sabe, minha filha Glória foi levada para aquele tipo de lugar pelo mal, embora tivéssemos a sorte de encontrá-la, sua sanidade não tem sido muito clara. Desde que ela voltou, temos ficado ao seu lado oferecendo apoio psicológico, ela não teve tempo de contatar a Sra. Barbosa."

Nelson franziu a testa: "Ela mencionou Marlene em casa?"

"Isso ela não fez, o que mais falou foi para ninguém bater nela, para não se aproximarem, coisas do tipo."

"E como ela disse aquelas palavras ontem à noite?"

"Sr. Lopes, sinto muito mesmo, o médico disse que minha filha sofreu um grande trauma psicológico, não se deve levar a sério o que ela diz, você não deve se preocupar, a Sra. Marlene Barbosa deve estar bem, minha filha não teve a intenção de amaldiçoá-la."

"Ela não disse algo assim em casa?"

A Sra. Machado balançou a cabeça novamente: "Não ela apenas repetia palavras como neve, morte, e coisas assim na volta para casa ontem à noite ao ver a neve."

Quando ela terminou de falar, um médico apareceu: "Familiares de Glória?"

"Doutor, sou a mãe de Glória, como está minha filha agora?"

"A situação atual não é muito boa, há danos nos órgãos, múltiplas fraturas pelo corpo, todos os médicos do hospital estão fazendo o possível para salvá-la... prepare-se para o pior, a chance de sucesso da cirurgia é de apenas dez por cento, aqui estão alguns formulários de consentimento de risco, assinem, por favor."

Ao ouvir isso, a Sra. Machado quase desmaiou, mas foi prontamente amparada por Nelson.

"Senhora, você precisa ser forte."

Ao ouvir isso, não consegui mais me conter e entrei na sala de cirurgia.

Médicos de várias especialidades cercavam a mesa de operação, lutando verdadeiramente com a morte pela vida.

Um dos médicos sussurrou: "Vocês abaixaram a temperatura do ar-condicionado? Por que está tão frio aqui?"

"Claramente não tem vento, mas por que sinto arrepios, como se houvesse uma brisa gelada nas costas?"

Uma enfermeira disse: "Vou verificar se o ar-condicionado está quebrado."

Os médicos trabalhavam em perfeita sintonia, ouvindo-se apenas os sons dos instrumentos.

Olhando para Glória, ainda sem qualquer sinal de consciência, ajoelhei-me em direção à janela.

Naquele momento, como eu desejei que realmente existissem deuses, eu preferiria nunca mais reencarnar, trocaria tudo pela vida de Glória.

Não importava o preço, tudo o que eu queria era que ela sobrevivesse em segurança!!!

Não sabia se foi o céu que realmente ouviu minhas preces, mas um médico exclamou com uma voz cheia de surpresa: "Um milagre!!!"