Espelhos da Alma: As Duas Vidas de Marlene romance Capítulo 121

Isso foi realmente engraçado, Nelson veio visitar Glória, mas acabou sendo levado para fora da UTI.

A avó também estava neste hospital, e a família Barbosa estava justamente acompanhando-a quando receberam a notícia e rapidamente vieram.

Desde o início, acompanhei Nelson entrando na sala de emergência, sem mostrar preocupação alguma no rosto. Ele realmente merecia isso!

Homens como ele deveriam morrer, seria o melhor!

Não, eu ainda não queria que ele morresse assim, de forma simples. Ele e Mirella deveriam sofrer muito, experimentar pelo menos cem, mil vezes a dor que passei antes de morrer.

Quando Nelson foi levado para fora, vi minha mãe se aproximando ansiosamente: "Doutor, meu genro está bem?"

Ela estava tão nervosa que parecia que Nelson era seu próprio filho.

O médico ajustou os óculos no nariz e disse: "Senhora, fique tranquila, o Sr. Lopes está um pouco desnutrido e a falta de descanso, somada a um estímulo que recebeu, fez com que ele desmaiasse."

"Estímulo? Ouvi dizer que ele desmaiou enquanto visitava alguém na UTI."

Mirella foi direto ao ponto, diferente da minha mãe que estava feliz sem motivo.

O médico não queria discutir assuntos irrelevantes para a condição médica, e apresentou o relatório de exame: "Não estou muito certo sobre isso, minha responsabilidade é com a saúde do Sr. Lopes. Ele desmaiou por ter sido estimulado, mas fizemos exames preliminares em seu estômago e rins."

"Há algum problema?"

"Bem, há uma sombra ocupando espaço no estômago, não podemos determinar se é um pólipo ou um tumor no momento. Eu sugiro que o Sr. Lopes faça um exame de endoscopia detalhado e uma biópsia. Se for um tumor, precisaremos da biópsia para saber se é benigno ou maligno."

Mirella e eu tivemos reações opostas, ela estava claramente preocupada: "Doutor, o que você está querendo dizer?"

"O paciente tem problemas de estômago?"

"De vez em quando ele sente uma dor de estômago."

"Isso provavelmente não se desenvolveu em apenas um ou dois anos. Além disso, os rins também precisam de um exame detalhado, atualmente suspeito que ele esteja no início de uma insuficiência renal."

Mirella ficou pálida: "Como isso é possível? Ele claramente..."

Ela não terminou a frase, e o médico olhou para Mirella: "Você é a esposa do Sr. Lopes?"

"Eu sou a irmã dele."

"Bem, é a mesma coisa, vocês precisam fazer um exame detalhado no Sr. Lopes o mais rápido possível, além de prestar atenção à dieta e ao horário de descanso. É essencial descansar bem, evitar o excesso de trabalho, não consumir álcool, cigarros e alimentos picantes."

"Entendido, agradecemos a sua ajuda."

Minha mãe, vendo a preocupação de Mirella, não pôde deixar de aconselhar: "Se até o médico não pode determinar o que é essa sombra no estômago, você não deveria se preocupar tanto."

Mirella estava de mau humor e não queria discutir com minha mãe, apenas respondeu friamente: "Vou ver como Nelson está."

Deixando minha mãe murmurando sozinha: "Não é nem parente de sangue do irmão, por que está mais preocupada do que com o desaparecimento da sua irmã?"

As mãos de Mirella, que estavam limpando a poeira, tremiam: "Nelson, não diga essas coisas, é assustador! A Sra. Machado não tinha sido afetada antes?"

"Sim, Nelson..."

Nelson ignorou a expressão das duas e continuou: "Ela foi capturada e levada para o navio naquela noite e também nunca foi à delegacia, como ela saberia que o vestido de noiva foi perfurado por uma lâmina na cintura?"

"Essa garota estava perturbada, com certeza estava falando bobagens, você vai acreditar nas palavras de uma louca?"

Nelson virou-se mecanicamente para olhar para minha mãe: "Mas ela também disse que ela viu Marlene no momento em que foi atingida pelo carro."

Minha mãe ficou arrepiada, seu rosto cheio de terror.

"Não, isso não é possível, isso é muito absurdo..." - Ela respondeu com medo.

Nelson gesticulou com a mão: "Ela disse que Marlene estava ao meu lado naquela hora, vestindo um vestido branco, descalça e brilhando, Senhora, você acha possível que Marlene já estivesse morta? E que ela sempre esteve ao nosso lado..."

Assim que ele disse isso, a faca na mão de minha mãe cortou seu dedo sem aviso, e o sangue começou a jorrar como uma fonte.

"Dois 'thuds'" - o som da faca de frutas e da maçã caindo no chão.

A maçã manchada de sangue rolou até os pés de Mirella, Nelson olhou fixamente para aquela maçã e disse com uma voz baixa: "Eu já tive um sonho em que Marlene estava mutilada, Mirella, você acha que a cabeça dela foi cortada como esta maçã?"

"Ah!!!"