Espelhos da Alma: As Duas Vidas de Marlene romance Capítulo 304

Eu queria me vingar de Mirella, isso era verdade, mas meu objetivo maior sempre foi capturar o grupo que estava por trás dela!

Se essa pessoa fosse uma inimiga de minha avó, então a investigação seria muito mais simples.

Minha avó abriu a boca com esforço e murmurou: "Família Ferreira.."

Naquele exato momento, Marta entrou carregando suplementos e frutas, e eu finalmente obtive a resposta.

"Sra. Rocha, por que está chorando?"

Eu enxuguei as lágrimas que restavam no canto dos meus olhos: "Ver a vovó tão frágil, sem conseguir falar direito, me fez pensar na minha própria família, e acabei me emocionando. Marta, agora a vovó depende ainda mais de seus cuidados."

"A Sra. Rocha não sabe, mas quando a senhora era mais jovem, foi muito bondosa comigo. Eu devo minha vida a ela, e é claro que vou cuidar bem dela."

Fiquei sentada mais um pouco antes de me despedir, saindo com Nilton.

Quando estávamos prestes a deixar o hospital, Nilton disse: "Não tenha pressa. Já que estamos aqui, que tal assistir a um bom espetáculo?"

"Um bom espetáculo?"

"O drama da família Barbosa está se desenrolando neste exato momento. O que acha?"

Isso certamente seria interessante. A influência da minha avó quase me fez esquecer desse grande drama.

Eu estava curiosa sobre a reação da família Barbosa à verdadeira face de Mirella.

Mas o que eu não esperava foi que, assim que Nilton e eu chegamos ao portão, nos deparamos com Roberta dando um tapa estrondoso no rosto de Mirella.

"Sua impostora, desgraçada! Você envergonhou toda a nossa família Martins!"

Roberta, vestindo um vestido tradicional impecável e adornada com braceletes caros, ainda exalava elegância, mas a severidade em seu rosto era cortante.

Me aproximei de Mirella, exibindo um sorriso doce: "Apesar de você ter um problema cardíaco, ouvi dizer que 'uma praga não morre tão cedo'. Você provavelmente não terá com o que se preocupar."

Essas palavras foram ditas por Mirella no passado. Naquela época, eu estava com febre e gripe, sem nenhum familiar por perto.

Eu quase morri na cama, enquanto ela, usando uma máscara de proteção, com os olhos sorrindo, disse-me as palavras mais cruéis com a voz mais doce.

Agora, o retorno do "bumerangue" aconteceu.

Mirella, furiosa, com o peito subindo e descendo, gritou: "Fora! Eu não quero você aqui!"

"Cuide-se bem, senão... do que vai acontecer com o que está no seu ventre..."

Ao ouvir isso, Roberta de repente me olhou com os olhos arregalados: "O que é que ela tem no ventre?"