Espelhos da Alma: As Duas Vidas de Marlene romance Capítulo 318

Sob o olhar relutante de Mirella, ela ainda assim entregou o colar com relutância.

Originalmente, eu não era uma pessoa que gostava de tomar as coisas dos outros, ainda mais apenas um colar, havia muitos outros estilos substitutos.

Mas, ao pensar no que ela tinha feito antes, o que me fez passar uma noite em sobressalto, curvei os lábios num sorriso: "Então, muito obrigada."

"De nada!" - A resposta de Mirella veio claramente entre dentes.

Mas, o que isso tinha a ver comigo?

Quanto mais irritada ela ficava, mais feliz eu me sentia!

Com o colar em mãos, Nilton e eu nos viramos para ir embora, Nilton notou o sorriso no canto da minha boca: "Você está se sentindo melhor?"

"Sim, de repente me sinto melhor."

"Então vamos passear um pouco mais, talvez você possa se sentir ainda melhor."

Olhei para ele: "Você não vai para a empresa hoje? Deveria ter muitas coisas para fazer no fim do ano."

"Nada é mais importante do que ficar com minha esposa."

Ao ouvir isso, meu coração começou a bater aceleradamente, e rapidamente entrei numa loja de roupas femininas ao lado.

Escolhi algumas peças e as levei até ele para perguntar: "Qual delas fica melhor?"

"Acho que com seu corpo, qualquer uma ficaria bem, mas já que estamos aqui, vamos escolher a mais adequada. Vá ao provador."

Ele não estava sendo superficial, e eu realmente estava aproveitando essa vida comum.

Não era correndo de salto alto pelas ruas ocupadas, tão ocupada que nem tinha tempo para escolher um vestido.

Escolhi alguns vestidos casuais, nada muito extravagante como um vestido de festa.

Um deles tinha um zíper pequeno e fino, difícil de subir, então chamei uma vendedora: "Por favor, pode me ajudar a fechar o zíper?"

A cortina se abriu, e eu, de costas nuas para a pessoa, falei baixinho: "Por favor."

A mão dela estava fria, e quando tocou minha pele sem querer, me fez arrepiar.

Ao ouvir o nome de Marlene, um vislumbre de medo passou pelos olhos dela.

"Até a polícia não descobriu nada, não venha com acusações sem provas, ela simplesmente teve azar."

Ri friamente: "Será que ela teve azar, ou alguém planejou isso há muito tempo?"

"Janaína, você e Marlene não se conheciam, sua morte não tem nada a ver com você. Eu te aconselho a parar enquanto é tempo, antes que você acabe se sujando ao invés de ganhar algo!"

"Isso é uma ameaça?" - Meus olhos se estreitaram.

Ela, não sabia como, tirou uma faca e torceu meu braço, colocando a lâmina na minha artéria carótida.

Com a voz baixa, ela disse palavra por palavra: "Janaína, há algumas coisas nas quais você não pode simplesmente se intrometer se quiser. Eu vim aqui hoje para te alertar. Fique bem no seu lugar de Sra. Lopes, e não nos intrometemos um na vida do outro. Se você continuar a obstruir..."

"O que você vai fazer?"

Ela me olhou com raiva e disse: "O que aconteceu com Marlene será o seu destino."